Nike, Adidas e empresas de comunicação usam futebol para práticas ilegais, diz jornalista

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol está reunida na manhã desta quinta-feira (27) com os jornalistas Luiz Carlos Azenha, Amaury Ribeiro Jr. e Leandro Cipoloni. Eles são os autores do livro O lado sujo do futebol, lançado no ano passado e que teve o prefácio assinado pelo presidente da CPI, senador Romário (PSB-RJ), quando ainda era deputado federal.

Amaury Ribeiro Jr. prometeu entregar à CPI documentos sobre o que denomina “Conexão México”. Eles mostram, segundo o jornalista, que empresas como a Nike e a Adidas teriam esquemas internalizados de lavagem de dinheiro no Brasil. O repórter investigativo acusa essas e outras companhias de se valerem de instrumentos legais como a Lei Geral da Copa como fachada para a prática de ilegalidades, contando com a conivência de autoridades do Banco Central.

Ele acrescenta que a Lei Geral da Copa também foi utilizada por empresas da área de comunicação para sonegar impostos. O jornalista garantiu que repassará essa documentação à CPI em outra audiência, por não dispor dos papeis comprobatórios no momento.

Azenha sugeriu à comissão que a investigação tenha entre outros alvos os intermediários dos contratos da CBF. O profissional, que trabalha para a TV Record, lembra que grandes ligas como a NBA (do basquete norte-americano) e outras jamais utilizam intermediários. Para ele, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira era o sócio oculto de empresas como a Traffic, de outras ligadas a Sandro Rosell (ex-dirigente da Nike e do Barcelona) e à ISL, todas intermediárias de contratos milionários.

Esses intermediários servem apenas para a distribuição de propinas – disse.
Para Cipoloni, o fato de Teixeira nunca ter sido condenado em muitas das investigações as quais foi submetido só pode ser explicado pela “leniência das autoridades”.

Agência Senado

Texto aprovado pela CE inclui pessoas com deficiência na Lei de Cotas

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (25) o projeto de lei do Senado (PLS 46/15), que inclui as pessoas com deficiência na Lei de Cotas, visando o preenchimento das vagas em universidades federais e em escolas técnicas federais de nível médio. O texto original, do senador de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), foi alterado pelo relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG), mas poderá seguir para a Câmara caso não haja recurso para análise em Plenário (PLS 46/15).

A proposta determina que o percentual mínimo de 50% das vagas reservadas a estudantes das escolas públicas seja preenchido, em cada curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência, em proporção igual à população destes segmentos na respectiva unidade da Federação.

– A Lei de Cotas foi um passo da sociedade visando a democratização do ensino superior e profissional, mas as pessoas com deficiência não foram contempladas – lamentou Anastasia.

O relator lembra ainda que algumas universidades já vem se antecipando e instituindo, por conta própria, as cotas para os deficientes. Porém sem uma lei que garanta isso, “o objetivo da universalização não será alcançado”.

O presidente da Comissão de Educação, senador Romário (PSB-RJ), criticou o fato de a presidente Dilma Rousseff ter vetado artigo da Lei Brasileira de Inclusão que também estabelecia uma cota, neste caso de 10%, para o segmento tanto nas instituições públicas quanto privadas, estendendo este benefício ainda aos cursos de pós-graduação.

– Foi mais um exemplo de falta de sensibilidade social por parte da presidente da República – afirmou.

O fato, segundo destacaram Cunha Lima e Anastasia, só reforçou a necessidade de aprovação de uma nova legislação. Foi mantido no texto a previsão de que, em 2022, a Lei de Cotas deverá ser revista pelo Congresso Nacional.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Deputado quer prioridade para processos que envolvam agentes públicos

Para Romário, as recentes manifestações populares são um termômetro de que a insatisfação contra a impunidade chegou a níveis insuportáveis.

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6476/13, que concede prioridade na tramitação de processos de crimes de peculato, concussão, excesso de exação e corrupção passiva e ativa.

“A sociedade brasileira tem demonstrado uma crescente intolerância com os crimes chamados genericamente como ‘de corrupção’ no setor público”, explica o autor da proposta, deputado Romário (PSB-RJ). “Por outro lado, estatísticas elaboradas pelo Conselho Nacional de Justiça vêm demonstrando que o Judiciário não tem enfrentado a corrupção com a prioridade exigida.”

Romário espera que, com a priorização proposta, a tramitação desses processos seja mais rápida, diminuindo a impunidade.

Tramitação
A proposta, que altera o Código de Processo Penal (CPP – Decreto-lei 3.689/41), será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Leia a íntegra da proposta AQUI.

Fonte: Agência Câmara

O Globo: Romário, craque na bola e nas polêmicas

FALTAM 60 DIAS

Maior responsável pelo título do tetracampeonato mundial do Brasil, Baixinho acumulou títulos com as centenas de gols marcados e brigas com dirigentes e treinadores por onde passou

João máximo

Romário é um grande personagem. Longe da bola, um homem tão vivo, inteligente, franco, impetuoso, destemido, polêmico e, de certo modo, único, quanto foi o craque em campo. Há quem não veja nada desse craque no deputado federal que, como se diz, não tem papas na língua. Mas a semelhança existe. É claro que o brilho de sua trajetória como jogador de futebol jamais será alcançado pelo político. Até porque a dimensão de sua história uma história de sucesso poucas vezes, se é que alguma, foi alcançada por um jogador de sua geração. A vivacidade, a inteligência, a franqueza, o destemor e a polêmica são o que aproxima um do outro.

Romário atuou em duas Copas do Mundo e chegou a estar cotado para mais duas. Em todas elas, houve polêmica. Na de 1990, na Itália, uma contusão o impediu de ser o que se esperava que fosse. Jogou apenas um tempo na estreia contra a Escócia e depois ousou dispensar os serviço médicos da CBF para ser cuidado pelo terapeuta Filé. O alto-comando da seleção fez cara feia. E certamente só o manteve nos planos para a próxima Copa porque, pensando bem, ele era Romário.

No caminho para a Copa dos EUA, polêmica ainda maior. Em 1993, até a semana que antecedeu a partida com o Uruguai, no Maracanã, decisiva das eliminatórias, Romário era nome proibido de se pronunciar na Granja Comary, onde a seleção treinava e se concentrava. O motivo é que ele continuava sendo Romário. No caso, não o craque, mas o moço impetuoso e destemido que já então não tinha papas na língua. A causa foi um amistoso com a Alemanha, dez meses antes, no Beira-Rio. Convocado, o atacante do PSV Eindhoven viajou 17 horas de Amsterdã a Porto Alegre. Na hora do jogo, Carlos Alberto Parreira escalou Careca e deixou Romário no banco (só entraria aos 22 minutos do segundo tempo, no lugar de Careca). Romário não gostou. Pior, ficou tão furioso que perdeu a cabeça numa discussão com Zagallo, auxiliar de Parreira, ofendendo-o de uma maneira que a comissão técnica considerou indesculpável. Foi banido da seleção.

E assim foi até a semana da partida com o Uruguai. Durante toda a irregular campanha brasileira para assegurar a ida aos Estados Unidos, a pergunta que se repetia, nas entrevistas com Parreira, tinha o mesmo tom: “Por que não convoca o Romário?” E no mesmo tom era a resposta: “Só falo dos jogadores que convoquei, nunca dos não convocados” Chegada a hora da decisão, Parreira, Zagallo, os dirigentes, todos, trataram de repensar suas verdades.

O clima era mesmo de decisão, e nervosa. Certamente os homens que dirigiam a seleção juntaram informações lembranças da derrota de 50 para o mesmo adversário de agora, o reconhecimento de que seleção atual ainda não acertara, a repercussão que teria o Brasil fora da Copa pela primeira vez e, mais que tudo, o fato de Romário estar sendo Romário na Europa, agora no Barcelona. E o convocaram. Para marcar os dois gols da vitória sobre os uruguaios, dando assim o primeiro grande passo para, dali a um ano, ser o craque da Copa e jogador decisivo na tão esperada conquista do tetra.

Polêmica também em 1998, quando Romário foi cortado em Paris, sob a alegação de não estar bem fisicamente. Romário viu na decisão de Zagallo e de seu assessor Zico sinais de ressentimentos (anos antes, numa entrevista, Romário se referira a Zico como “um perdedor”). Em 2002, quando o povo e até o presidente da República o queriam na seleção, ele se viu outra vez preterido, agora por Felipe Scolari. Como sempre, reclamou. Tinha 36 anos e estava “em forma” A campanha do penta acabou dando razão ao técnico.

De qualquer forma, foi mesmo uma carreira de sucesso. Romário deve tudo ao seu futebol, modelo de atacante de área, preciso, desconcertante no drible curto, oportuno, simplificador, pensamento e ação em alta velocidade. Sucesso na seleção e nos clubes que defendeu. Bicampeão carioca e campeão brasileiro pelo Vasco, duas vezes carioca pelo Flamengo, campeão na Espanha e na Holanda, seis vezes artilheiro do Carioca e três do Brasileiro. Somam-se a isso mais de 20 troféus de “melhor do ano” incluindo os concedidos pela Fifa e por “France Footbal” (mas terá, mesmo, marcado mais de mil gols, ou entram nessa conta os conseguidos em jogos não oficiais?).

O importante é que tudo isso teve a acompanhálo a imagem de garoto rebelde, desobediente, brigão, carismático e, talvez o mais importante, orgulhoso de suas origens (ou do modo como o esforço próprio o fez superá-las). Romário nasceu pobre na favela do Jacarezinho e aos 3 anos foi para a Vila da Penha. O modo como profere, quase com orgulho, a palavra “favela” (preferindo-a à alternativa “comunidade”), diz bem de seu temperamento e sua franqueza. Ter chegado tão alto, vindo de tão baixo, para ele é mais que uma vitória. O homem, como o jogador, não tem medo de nada. Nem de parecer politicamente incorreto ao defender o vascaíno Eurico Miranda, pondo acima das diferenças a fidelidade que a amizade impõe. Como também não teve medo de ser o primeiro súdito a fustigar o Rei por suas declarações no mínimo discutíveis. Frase sua que entrou para a história: “Pelé, calado, é um poeta”

CRITICAS PARA FIFA E CBF

Atleta, na acepção da palavra, Romário nunca foi. Sua vida fora do campo era a de um convicto antiprofissional. Festas, saídas noturnas, pouco treino, muito futevôlei, futebol de praia, papo com os amigos. Nisso, como em quase tudo, é surpreendente. Da mesma forma que as colunas de fofocas o crucificavam como marido nada exemplar, a declaração de amor e apoio irrestrito à filha com Síndrome de Down comoveram até os mais descrentes e deu exemplo para muitos pais.

Eleito em 2010 deputado federal pelo Rio, como o sexto mais votado no estado, surpreendeu. Os que esperavam desempenho parecido com o de outros jogadores, alçados pela popularidade à condição de representantes do povo em câmaras e assembléias, Romário leva seu mandato à sério. Enquanto, por exemplo, Bebeto, seu companheiro de ataque no tetra, que atua para que José Maria Marin ganhe medalhas oficiais, ele, Romário, dedica-se a causas mais nobres. É um deputado que diz sempre o que quer dizer. O esporte, o futebol em particular, é sua bandeira. Rebate com veemência as declarações comprometidas de Pelé, do próprio Bebeto e de Ronaldo Fenômeno, para quem “não se faz Copa com hospitais” Atira nas lideranças da CBF, a anterior, a atual e a futura. O responsável por esta última o processa, perde e leva o deputado a bendizer sua imunidade. Romário cobra apuração dos gastos na construção de estádios e, olhando à frente, exige que se saiba como age o Comitê Olímpico Brasileiro com vistas a 2016. Em sua opinião, a Fifa é um antro de ladrões. Chama o presidente Joseph Blatter de nomes mais feios e põe no mesmo saco o secretario Jêrome Valcke. Ao contrário do goleador, o deputado não tem tanto êxito em suas ações ofensivas. Mas fala. E, à sua maneira, trabalha.

Romário é mesmo único. A quem mais Johann Cruyff definiu como “o gênio da grande área”? Em quem mais Tostão viu “um fenomenal centroavante” Quem Diego Maradona pôs ao lado de Van Basten como os maiores atacantes que viu? Que atacante Eduardo Galeano comparou a um tigre que, vindo de região desconhecida, “aparece, dá seu bote e se esfuma’; deixando a bola nas redes contrárias? Por tudo isso, tanto o personagem como o herói do tetra jamais deixaram de ser Romário.

Projeto de Romário sugere que jovens estudem a Constituição na escola

O deputado Romário (PSB-RJ) apresentou nesta quinta-feira (12) o projeto de Lei 6954 de 2013, que inclui o estudo da Constituição Federal nos ensinos fundamental e médio. Pela proposta, a disciplina “Constitucional” deve formar um cidadão consciente de seus direitos individuais e deveres sociais. A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Romário argumenta que os jovens, ao completarem 16 anos e adquirirem o direito ao voto, devem estar preparados para participar ativamente da sociedade. “O objetivo deste projeto é expandir a noção cívica dos nossos estudantes, ensinando-lhes sobre seus direitos constitucionais, como cidadão e futuro eleitor e, em contrapartida, aprenderem sobre seus deveres”, explica Romário.

O parlamentar também destaca que após as manifestações de junho, quando milhões de pessoas foram às ruas protestar contra serviços públicos ruins e corrupção, tornou-se necessária mais atenção aos jovens. “Os estudantes devem ter uma base educacional sólida para compreender a importância de ser um cidadão consciente e as consequências geradas à gestão pública ao escolher um candidato despreparado ou ficha suja”, argumenta o autor.

Romário convida o Papa para debater dívidas dos clubes brasileiros

A Comissão Especial do Proforte aprovou, na tarde desta quarta-feira (11), um convite do deputado federal Romário (PSB-RJ) para o Papa Francisco participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. O pontífice foi sugerido depois que outros deputados convidaram o ex-presidente Lula e o ex-ministro da Saúde José Serra para debater as dívidas dos clubes brasileiros.

Durante a audiência, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) defendeu o requerimento assinado por ele e pelos deputados Vicente Cândido (PT-SP) e Jovair Arantes (PTB-GO). “Natural chamar alguém como Lula, que entende de futebol”, disse.

Romário emendou a justificativa: “Eu era contra (o requerimento), mas depois do raciocínio do deputado Otávio Leite, eu vou fazer diferente. Partindo dessa premissa, acho que a gente pode incluir mais alguns nomes. Um deles é o do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que participou da CPI da Nike e é um esportista nato. E muitos acharão que é ironia, mas acho que o Papa Francisco também pode participar dessa comissão, porque ele é sócio do San Lorenzo”, explicou o ex-jogador.

Aprovados, os convites serão oficializados nos próximos dias.

Ouça o áudio da comissão.

Câmara vai debater direito de atletas e calendário do futebol nacional próximo dia 21

Soccer Player Dribbling Between Defenders

Por iniciativa do deputado federal Romário (PSB-RJ), a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados vai debater, no próximo dia 21, o calendário do futebol nacional de 2014, apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Atletas, representantes da CBF, da TV Globo e do Ministério do Trabalho foram convidados para a audiência, que será às 14h30.

Além do calendário, outros assuntos que devem entrar na pauta são: férias, período de pré-temporada, fair play financeiro, garantias trabalhistas e participação dos atletas nos conselhos técnicos das entidades de administração desportiva que regem a atividade. Os pontos foram apresentados pelo grupo Bom Senso FC, que reúne jogadores profissionais.

Para Romário, o tema deve ser discutido em um ambiente democrático, onde os torcedores também possam acompanhar a discussão. “O ambiente propício para esta troca de ideias, que visa melhorar o esporte mais amado pelo brasileiro, é a Câmara dos Deputados. Mas não só por isso, temos que lembrar que o calendário proposto fere leis trabalhistas”, declarou. Na última segunda-feira, uma comissão de atletas apresentou um dossiê ao presidente da CBF, José Maria Marín. Ele ainda não se pronunciou sobre os pontos levantados.

Para a reunião do dia 21, foram convidados o Diretor de Competições da CBF, Virgílio Elísio; o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Torcedores, Toninho Nascimento; o presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, Alfredo Sampaio; a Consultora Jurídica do Ministério do Trabalho e Emprego, Cacilda Lanuza da Rocha Duque; e os atletas: Paulo André Benini e Alexandre Rodrigues da Silva (Corinthians), José Roberto da Silva Júnior (Grêmio), Alex de Souza (Coritiba), Rogério Ceni (São Paulo) e Diego Cavalieri (Fluminense). Um representante da TV Globo também será convidado.