Romário cria Comenda Rei Pelé: maior atleta brasileiro

Brasília – O Senado Federal deve criar a Comenda Rei Pelé, uma menção honrosa que irá homenagear, anualmente, pessoas que contribuíram com o esporte no Brasil. A ideia foi sugerida pelo senador Romário (PODEMOS-RJ), no projeto de resolução 111 de 2019.

“Esta homenagem reafirma a história fabulosa de Edison Arantes do Nascimento e incentiva novos atletas e esportistas a honrar o nome do Brasil como ele o fez. Esperamos que cada nome do esporte nacional agraciado com a comenda possa renovar os votos de sua arte, de sua genialidade em campo. Pelé fez o Brasil e o brasileiro serem reconhecidos em todo o Planeta”, justifica Romário.

Ex-jogador de futebol, Romário acredita que nenhum outro atleta brasileiro é mais a cara do Brasil do que Pelé. “Ele fez surgir a pátria de chuteiras, um sentimento que faz um país inteiro se unir em torno do patrimônio público imaterial que é a seleção brasileira de futebol, mesmo tão maltratada recentemente e objeto de tantas falcatruas por parte da Confederação Brasileira de Futebol”, afirma.

Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. rrEm discurso, à tribuna, senador Romário (Podemos-RJ).rrFoto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Os agraciados serão indicados por senadores e senadoras em um conselho que será instituído no Senado. Além da comenda, os agraciados receberão a um diploma e uma menção honrosa.

Depois de aprovado, o Rei do Futebol figurará ao lado de outras ilustres personalidades brasileiras que se tornaram referência em suas áreas e dão nome a homenagens do Senado, como a Comenda Zilda Arns, que reconhece ações e atividades destinadas à proteção da criança e do adolescente; a Comenda Dom Hélder Câmara, entregue a personalidades que contribuíram com a defesa dos direitos humanos; a Comenda Câmara Cascudo, destinada a agraciar personalidades, instituições e grupos que tenham oferecido contribuição ao fortalecimento da cultura, do folclore e dos saberes tradicionais no Brasil; ou a Comenda Abdias Nascimento, entregue a personalidades que contribuíram para a proteção e a promoção da cultura afro-brasileira.

História

– Edson Arantes do Nascimento é tido como o maior atleta brasileiro de todos os tempos. Aclamado atleta do século XX pelo Jornal francês “L’Equipe”, em votação que envolveu jornalistas de todo o mundo. Como atleta profissional, participou decisivamente de três títulos mundiais do Brasil. Foi campeão do mundo com apenas 17 anos, na Suécia. Na final daquela Copa, fez um golaço, decretando o título brasileiro. Na copa de 1962, machucou-se, deixando para Garrincha o protagonismo naquele mundial. Mas em 1970, encontrou o seu apogeu, comandando aquele que é considerado o maior time de futebol de todos os tempos, a seleção brasileira tricampeã. É o maior artilheiro da história do futebol, com 1281 gols marcados

Alteração na Lei de Cotas é inaceitável

Um projeto inadmissível foi apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro. O texto é um enorme retrocesso na Lei de Cotas (nº 8.213/1991). Essa legislação garante que quase 500 mil pessoas com deficiência estejam empregadas hoje. Bolsonaro e qualquer outro governante precisa entender que a Lei de Cotas é uma conquista de toda a sociedade e não podemos retroceder.

O projeto de Lei 6159 de 2019 é um ataque ao direito e à dignidade da pessoa com deficiência, pois permite que empresas possam trocar a contratação de trabalhadores com deficiência por uma contribuição financeira à União. De acordo com o texto, os recursos serão destinados a ações de habilitação e reabilitação. Mas não se pode relativizar a importância de um emprego e a dignidade que ele dá ao cidadão. Outro absurdo é permitir a associação entre empresas para “atendimento em conjunto à obrigação de contratação de pessoas com deficiência”.

Sabemos que os empresários têm buscado há tempos subterfúgios para não cumprir a Lei de Cotas. Reclamam que não há pessoas com deficiência com qualificação, fato é que o problema de educação no Brasil é geral, só mais acentuado entre as pessoas com deficiência por falta de oportunidade. Por isso luto tanto para ampliar as cotas, quanto para criar um sistema de formação e qualificação de pessoas com deficiência. Não é flexibilizando a Lei de Cotas que vamos avançar, este governo está na contramão do que é necessário para termos uma sociedade justa e igualitária para todos.

O projeto ainda foi colocado com urgência constitucional, para não haver tempo de reação. Como está na Câmara, deputados reagiram e a urgência foi retirada. É absurdo atrás de absurdo, mal avançamos um passo e temos que retroagir outros três. Não vamos descansar, estamos alerta aqui no Congresso e não deixaremos passar essa maldade com as pessoas com deficiência. Estou analisando junto como meu gabinete emendas para alterar o texto proposto.

Temos que defender o direito de as pessoas com deficiência trabalharem, isso é bom para a inclusão, é bom para a economia, é bom para toda a sociedade conviver com as diferenças.

Não vamos aceitar esse retrocesso.

#NãoAoPL6159

Senador Romário

Projeto de Romário susta decreto de Bolsonaro que reduziu acessibilidade em templos e igrejas

Brasília – O senador Romário (PODE-RJ) protocolou, nesta quarta-feira (16), um projeto que susta o decreto do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, que reduziu a acessibilidade em templos e igrejas. De acordo com o senador carioca, o decreto de Bolsonaro “extrapola, indevidamente e sem qualquer justificativa plausível, os limites da Lei 10.098, que prevê acessibilidade nos espaços públicos”.

O decreto nº 10.014, de 6 de setembro de 2019, editado por Bolsonaro, isenta os altares e os batistérios das igrejas da obrigação de eliminarem barreiras físicas que dificultam o acesso de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. “Me admira um presidente que na sua posse tenha colocado a inclusão de pessoas com deficiência como destaque, agora edite um decreto que invalida uma legislação que prevê acessibilidade em altares religiosos. Por acaso pessoas com deficiência não casam em igrejas e templos? Não se batizam? Não participam de outras cerimônias?”, questiona o senador.

Para Romário, o decreto é ilegal e fere a dignidade da pessoa com deficiência, impedindo-as de exercer livremente sua liberdade religiosa. O senador aponta ainda que o alcance da legislação também atinge à mobilidade, pois restringe o acesso a meios de transporte de fretamento de turismo.

O projeto de decreto legislativo (PDL) nº 638, de 2019, apresentado por Romário, invalida as medidas propostas por Bolsonaro.

“Lição de inclusão e amor”, Romário elogia mãe que narra jogos para filho cego

O senador Romário (Pode-RJ) subiu à tribuna do Senado Federal, nesta quarta-feira (25), para relembrar a importância da inclusão das pessoas com surdez e deficiência auditiva. Nesta quinta-feira, dia 26 de setembro, se comemora o Dia Nacional dos Surdos.

A data, lembrou o senador, é uma referência a fundação da primeira Escola para Surdos do Brasil, em 1857. Os avanços alcançados desde então, são muitos, como o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como segunda língua oficial do Brasil e a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão – Estatuto da Pessoa com Deficiência, pontuou o parlamentar. Mas, para ele, ainda há um longo caminho a ser percorrido. “Séculos não são dias, e muito ainda temos de fazer para dar cidadania e autonomia aos brasileiros e brasileiras com deficiência”, disse o senador.

O senador Romário defendeu no plenário que haja um interprete Libras em todas as comissões do Senado. Hoje, somente a Comissão de Assuntos Sociais, presidida por ele, conta com interprete em todas as reuniões.”As pessoas com deficiência auditiva não querem apenas ser ouvidas, mas participar ativamente, e com autonomia, de todo e qualquer debate que lhes seja pertinente”, afirmou.

Emoção

Romário se emocionou ao falar do prêmio da FIFA dado a Silvia Grecco por narrar para seu filho Nickollas, que é cego, todos os jogos do Palmeiras. Ela concorreu na categoria Fan Awards. Para senador, Nickollas representa os milhares de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência. “Ao levar o seu filho com deficiência visual para o estádio, narrando as jogadas e descrevendo toda a atmosfera que envolve uma partida de futebol, Silvia nos deu uma maravilhosa lição de inclusão e amor”, pontuou.

Comissão libera pagamento do BPC a mais de um deficiente na mesma família

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta quinta-feira (12) a proposta que permite que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) seja pago a mais de uma pessoa com deficiência na mesma família. Agora o projeto de lei (PL 3.260/2019) segue para votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em caráter terminativo.

Ao escrever a proposta, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) demonstrou que, se o BPC de uma pessoa com deficiência for incluído no cálculo da renda familiar per capita, um segundo membro da família com deficiente não poderia receber o benefício previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742, de 1993- Loas). Mara quer acrescentar ao Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015) a determinação de que o BPC recebido por qualquer membro da família em razão de deficiência não seja computado na renda per capita da família.

O objetivo do projeto é equiparar a situação à das pessoas idosas, mencionadas no art. 20 da Loas, às quais não é negado o direito ao benefício de prestação continuada. Para a senadora, o BPC é direito de caráter pessoal e tem origem na Constituição, “não podendo, portanto, haver pessoas com deficiência e que sejam economicamente hipossuficientes que não recebam o benefício”.

O senador Romário (Podemos-RJ), relator da matéria na CDH, votou favoravelmente ao reconhecer que não há razão para que pessoas idosas e pessoas com deficiência não sejam tratadas da mesma forma, visto que sua proteção constitucional e legal é a mesma — a Constituição tem os mesmos propósitos para ambos os grupos sociais. A comissão acompanhou o voto de Romário, com unanimidade.

“A atividade legislativa que procura reduzir as desigualdades sociais não pode, sob qualquer pretexto, eximir-se de fazer valer, para as pessoas com deficiência, os mesmos direitos de outros segmentos sociais vulneráveis”, argumentou.

Fonte: Agência Senado

Romário defende BPC para mais de uma pessoa com deficiência na mesma família

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) leu e debateu propostas e requerimentos na reunião desta quinta-feira (15), entre eles, o Projeto de Lei (PL) 3.260/2019 que libera pagamento de Benefício de Prestação Continuada (BPC) a mais de um membro da família quando houver duas ou mais pessoas com deficiência em casa.

Atualmente o benefício de um salário mínimo pago para a pessoa com deficiência é computado como renda familiar. Com isso, a família pode atingir o limite de renda inferior a ¼ de salário mínimo per capita mensal, o que inviabiliza o recebimento de mais um BPC para a outra pessoa com deficiência, embora constitucionalmente, cada uma delas tenha esse direito assegurado.

Também foi debatido o texto do projeto que cria o cadastro de voluntários para ofertar serviços e apoio às pessoas com perda de autonomia funcional (PL 1.225/2019).

Ambos os projetos são da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e foram relatados pelo senador Romário (Podemos-RJ) na CDH. Romário deu voto favorável às duas matérias, mas, por falta de quórum, as votações previstas foram adiadas para a próxima reunião deliberativa do colegiado.

Agência Senado

Em audiência, governo apoia criação da Semana dos Direitos Humanos nas escolas

Em audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) nesta quinta-feira (15), representantes do Ministério da Educação e do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos manifestaram apoio a um projeto de lei que cria a Semana dos Direitos Humanos nas escolas.

Relatado pelo senador Romário (Podemos-RJ), o PLS 401/2015 nasceu do Jovem Senador, uma iniciativa do Senado que reúne anualmente estudantes de destaque do ensino médio para vivenciar por uma semana a experiência de atuar como parlamentar. Pelo projeto, elaborado a partir de uma sugestão legislativa apresentada por alunos participantes da iniciativa, a Semana dos Direitos Humanos ocorrerá na semana do dia 5 de outubro, data de promulgação da Constituição Federal.

Entre outros pontos, a proposta prevê que cada escola deverá promover atividades culturais para estimular a comunidade escolar e a externa a se engajarem na temática dos direitos humanos.

Maria Luciana Nóbrega, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, destacou que direitos humanos são um dos temas transversais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ela avaliou que o projeto ajuda a sistematizar no calendário escolar ações que acontecem de forma pulverizada nas instituições de ensino.

— O tema educação para os direitos humanos é para nós caro e foi uma vitória estar na Base Curricular como tema transversal. Creio que esse PL vai nos ajudar a fortalecer e a popularizar a forma como essa temática vem sendo abordada dentro da BNCC — apontou.

Silvia Araújo, também do Ministério da Educação, reforçou que o tema já vem sendo trabalhado há anos nas escolas, mas afirmou que a aprovação de um projeto de lei criando uma semana dedicada aos direitos humanos tem caráter simbólico:

— Embora a semana tenha uma simbologia, o PLS se alinha aos princípios orientadores do trabalho do MEC junto aos sistemas de ensino. Esses valores estão consolidados nos marcos normativos orientadores do MEC — assinalou.

Diversidade
Questionado pelo senador Romário sobre sugestões ao projeto, Guilherme Vilela de Carvalho, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, avaliou que a proposta está alinhada com a visão da pasta, mas ressaltou uma preocupação com a abordagem da questão direitos humanos nas escolas. Para ele, o foco da abordagem não deve se centrar apenas nos direitos indenitários individuais ou de determinados grupos, mas enfatizar a formação de uma identidade coletiva:

— A gente precisa balancear o discurso da diversidade com o da cooperação. Além de celebrar identidades particulares na semana das escolas, que se promovessem atividades de cooperação social. […] É muito importante a compreensão de que a educação para direitos humanos não pode ter foco na diversidade. Ela deve ter o foco na diversidade com o bem comum — defendeu.

A realização da audiência é uma exigência da Lei 12.345, de 2010, que impõe esse tipo de consulta à sociedade para a criação de novas datas comemorativas ou mobilizações oficiais. Cabe agora ao senador Romário apresentar relatório sobre a proposta, para que ela seja submetida à votação na CE.

Agência Senado

“Maracanã virou uma batata quente”, diz Romário em discurso

Brasília – Um dos maiores artilheiros do estádio Maracanã, o ex-jogador e atual senador Romário, está preocupado com o destino do templo do futebol mundial. O parlamentar subiu nesta quarta-feira (14) na tribuna do Senado e afirmou que o estádio virou “um patinho feio, uma batata quente” que ninguém mais quer segurar.

Os problemas com a administração do estádio ficaram mais evidentes desde março, quando o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, decidiu romper o contrato com a concessionária que administrava o local. Os prejuízos gerados pelas dívidas chegaram a R$ 38 milhões. Witzel cedeu a operação do Maracanã e seu uso para um consórcio formado pelos clubes Flamengo e Fluminense.

“Precisamos entender que tipo de prejuízo foi esse, quem foi o responsável direto por ele e por que se deixou chegar a esse absurdo montante”, questionou Romário na tribuna. O senador informou que solicitou informações ao governador para que se possa compreender o montante do prejuízo e como fazer para diminui-lo.

Romário ainda lembrou das quatro grandes reformas que o estádio passou. “Gastaram mais de dois bilhões em recursos públicos para descaracterizar o velho Maracanã e agora querem abandoná-lo, ou entrega-lo por quantia ínfima”, reclamou.

“A mera cessão do estádio para os clubes, com seus dirigentes ainda amadores e sob forte influência política, não resolve a questão. É preciso responsabilizar quem deu causa a tais prejuízos e estabelecer uma verdadeira e transparente parceria público-privada, que promova uma gestão eficaz e profissional do equipamento esportivo mais famoso do Brasil”, finalizou.

MILHAS: Romário propõe regras para programas de fidelidade

O senador Romário (PODE-RJ) apresentou, nesta terça-feira (6), o projeto de lei 4269 de 2019, que regulamenta programas de fidelidade e recompensa. A proposta estabelece regras para proteção do consumidor contra abusos.
O texto do senador propõe que as empresas publiquem diariamente a taxa de conversão dos programas em moeda nacional. Também deverá estar disponível para consulta a série histórica com os valores diários de equivalência. Outra novidade seria a possibilidade de o cliente vender para a empresa, total ou parcialmente, as milhas ou pontos adquiridos. Neste caso, a empresa seria obrigada a comprar e disponibilizar o valor ao cliente em até 24 horas.

Outros artigos do projeto estabelecem mais transparência na relação cliente x empresa, como a disponibilização de extrato de fácil visualização com: movimentação de pontos nos últimos seis anos, validade e valor total de recompra dos pontos.

Desvalorização abrupta

De acordo com o senador, esse mercado, apesar de ser uma importante fonte de dinamismo da economia e parte essencial da estratégia de negócio das empresas aéreas, ainda é cheio de abusos e falta de transparência.
“A única informação concreta que o cliente tem é a quantidade de milhas ou pontos contidos em sua conta. Esses pontos ou milhas estão sempre, no entanto, sujeitos a contínuas desvalorizações, muitas vezes de forma abrupta. Com frequência, ocorre de o cliente transferir seus pontos do cartão para determinado programa, mas não conseguir utilizá-los porque a passagem ou produto que ele tinha em mente sofreu aumento repentino”, aponta.
Romário aponta que um dos abusos mais frequentes é a ocultação de determinados tipos de informação, como a validade das milhas. “Ficam escondidas ou sequer são informadas em determinados canais de comunicação com o cliente”, observa.

O senador reconhece que a regulação do mercado será complexa. Para ele, as definições de milhas são fluídas e de difícil enquadramento legislativo-legal. O parlamentar prevê um amplo debate, com atualizações das ideias propostas no texto e pondera: “é necessário não exagerar na regulação, de forma a não engessar e até inviabilizar o mercado”.

Tramitação – o projeto será analisado pela Comissão de Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, se aprovado, será encaminhado à Câmara dos Deputados.

Para Romário, país vive o pesadelo de um legado olímpico que nunca chegou

Ao fazer referência as Olimpíadas de 2016, o senador Romário (Podemos-RJ), disse em Plenário, nesta quinta-feira (4), que o Brasil, e principalmente a cidade do Rio de Janeiro, ainda vivem o pesadelo de um legado que nunca chegou. Para o parlamentar, as expectativas geradas quando a cidade foi anunciada como sede deram lugar a obras e equipamentos que, com funcionamento precário, não atendem à população.

De acordo com Romário, a realização dos jogos no Rio de Janeiro foi um instrumento para a corrupção por políticos e empresários, como vêm demostrando, segundo ele, o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a Polícia Federal. Ele citou as prisões do ex-governador Sérgio Cabral e do principal promotor e organizador dos jogos do Rio, Carlos Arthur Nuzman.

Na sua avaliação, o contribuinte continua pagando a conta dos gastos públicos realizados com o evento quando mais de R$ 41 bilhões foram gastos com aditivos, contratuais para obras, arenas e equipamentos que não funcionam. Segundo ele, os recursos não foram investidos na geração de um legado humano e desportivo.

— Seja a linha 4 do metrô, cuja obra saltou de R$ 880 milhões para mais de R$ 9 bilhões, após farta distribuição de propinas, ou o Parque Olímpico, onde foram encontrados mais de 1.500 vícios de construção, vemos hoje inúmeros casos que, infelizmente, demonstram que estávamos certos ao denunciar, lá atrás, esses que festejavam, mas hoje confessam seus crimes — lembrou.

Meia-entrada para doador de sangue é aprovada na CAS e segue para a Câmara

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou em decisão final, nesta quarta-feira (10), um projeto que concede meia-entrada em espetáculos artístico-culturais e esportivos para os doadores regulares de sangue. A proposta (PL 1.322/2019) é de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e recebeu voto favorável do relator, senador Romário (Podemos-RJ). O texto seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação no Plenário do Senado.

Apesar de o Ministério da Saúde fazer campanhas anuais para incentivar a doação de sangue, um levantamento da pasta demonstrou, em 2016, que apenas 1,6% da população brasileira aderiu a essa prática. Esse percentual está abaixo de parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de engajamento de ao menos 4% da população de um país nesse tipo de doação. A escassez é então um grande problema para os bancos de sangue do país, visto que a doação é essencial para a saúde pública.

Ao justificar o projeto, Contarato chama a atenção para a necessidade de se criarem outros mecanismos para incentivar os brasileiros a tornarem-se doadores de sangue. Segundo ele, os estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná já concedem o benefício proposto. Outros utilizam a doação regular como critério, por exemplo, para a isenção de taxa de inscrição em concursos públicos.

“Historicamente, o Estado não tem conseguido educar seus cidadãos com a cultura de doação de sangue. Assim, mostra-se necessário que o poder público tome medidas incentivadoras para o ato”, considera o senador.

Emendas
Diante do quadro recorrente de desabastecimento dos bancos de sangue no Brasil, Romário considera “imperioso” utilizar estratégias inovadoras para estimular as pessoas a se tornarem doadoras regulares.

“A nosso ver, o PL 1.322 é uma estratégia que merece receber atenção especial, pois seu público-alvo é bastante amplo — toda a população que não possui direito a meia-entrada — e utiliza mecanismo simples e direto para incentivar a doação periódica de sangue”, avalia o relator.

Romário também manteve duas emendas de redação aprovadas pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Enquanto uma delas promoveu ajustes na ementa, a outra reformulou o dispositivo que deverá ser acrescentado à Lei 12.933, de 2013, que disciplina a meia-entrada em eventos culturais e esportivos. Assim, terão direito ao benefício sugerido no PL 1.322 os doadores regulares de sangue que comprovarem, mediante apresentação da carteira de doador e da identidade, um mínimo de três doações de sangue no prazo de um ano.

Aprovado na CAS projeto que reduz prazo de patente de medicamentos

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta quarta-feira (10), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 437/2018, que limita em 20 anos a propriedade das patentes de medicamentos. De autoria do senador José Serra (PSDB-SP), a proposta adapta a legislação brasileira ao Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Trips, na sigla em inglês), da Organização Mundial do Comércio (OMC), do qual o Brasil é signatário.

O Trips — assinado pelo Brasil, Estados Unidos, União Européia, Japão e outras nações em 1994 —, prevê que o direito de propriedade sobre uma criação intelectual, uma patente, se extingue passados 20 anos do registro.

O PLS 437/2018 recebeu voto favorável do relator, senador Romário (Podemos-RJ). Na sua avaliação, o projeto tem potencial para aprimorar a concessão de patentes de medicamentos no país. Do ponto de vista sanitário, afirmou Romário, o projeto corrige falhas ou omissões na legislação em vigor.

“Por meio dessas estratégias de prorrogação da validade da patente, a indústria retarda a chegada de medicamentos genéricos no mercado e prolonga seus ganhos econômicos advindos do monopólio do produto original. Isso prejudica tanto os consumidores, diretamente, quanto as políticas públicas de assistência farmacêutica, nas quais o principal comprador de medicamentos é o governo. Nesse contexto, as medidas previstas no projeto em análise reforçam o papel da Anvisa e sua obrigação de avaliar os pedidos de patente sob a perspectiva do interesse sanitário”, considerou Romário.

O texto seguiu para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e, em seguida, passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), à qual caberá decisão terminativa.

Agência Senado

Aprovada proibição de fumo em ambientes coletivos

Frequentadores de repartições públicas, salas de aula, bibliotecas, recintos de trabalho coletivo, teatro, cinema e eventos esportivos poderão ser proibidos de fumar nestes locais. A medida deverá ser introduzida no Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671, de 2003) e na Lei Antifumo (Lei 9.294, de 1996) pelo Projeto de Lei (PL) 2.330/2019, aprovado nesta quarta-feira (10) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposta recebeu parecer pela aprovação do relator, senador Romário (Pode-RJ), e segue agora para a Câmara dos Deputados.

O PL 2.330/2019 foi apresentado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), determinando que a proibição ao fumo é condição para acesso e permanência do torcedor em estádios, ginásios e arenas desportivas. Essa exigência começará a valer 180 dias após a transformação do projeto em lei.

Durante a discussão da matéria, no entanto, Girão pediu a inclusão dos demais locais no projeto, o que foi acatado por Romário. Ele manifestou a necessidade de defender os fumantes passivos.

— A gente quer proteger essas pessoas dos prejuízos causados pelo cigarro. São R$ 57 bilhões gastos por ano pelo Sistema Único de Saúde, além das milhares de vidas perdidas — disse Girão.

No ponto de vista de Romário, o mal causado pelo fumo é tão evidente que não há quem queira, hoje, perpetuar esse vício.

“Quem fuma quer parar e não recomenda que amigos e familiares adotem o mau-hábito. Quem não fuma não pensa em começar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o consumo de fumo matou em 2017 mais de sete milhões de pessoas. Caso ainda mais grave configura-se com os não fumantes, que se tornam, contra a sua vontade, fumantes passivos”, observou o relator.

Internacional – Romário representa Brasil na ONU

O senador Romário (PODE-RJ) participa, entre os dias 11 e 13 de junho, da 12ª Conferência dos Estados-Partes da Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência na sede da Organização das Nações Unida (ONU), em Nova Iorque. O parlamentar compõe a delegação brasileira no evento, que tem como objetivo aumentar a qualidade de políticas públicas destinadas às pessoas com deficiência.
O parlamentar deve discursar no evento na próxima terça-feira (11), entre 16h e 18h. Romário pontuará os avanços da legislação brasileira, como a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão e também defenderá a importância do esporte para a inclusão.

O senador recebeu com grande satisfação o convite para compor a delegação. “Orgulho por fazer parte desta grande rede internacional em torno do tema, por ser uma das minhas principais bandeiras no Parlamento brasileiro e, sobretudo, por testemunhar o quanto nossos esforços têm rendido bons frutos”, avaliou.

Esta edição do evento teve como tema geral “Garantindo a inclusão de pessoas com deficiência em um mundo em mudança por meio da implementação da CDPD”. Entre os abordados, destacam¬-se “Tecnologia, digitalização e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para o empoderamento e inclusão de pessoas com deficiência”, “Inclusão social e o direito ao mais alto padrão de saúde” e “Inclusão de pessoas com deficiência na sociedade por meio da participação na vida cultural, recreação, lazer e esporte”.

Comissão aprova alerta sobre alto teor de sódio, açúcar e gordura em embalagens de alimentos

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou, nesta quarta-feira (29), relatório do senador Romário (PODE-RJ) ao projeto de lei 2313 de 2019, que estabelece regras para a rotulagem de produtos com alto teor de sódio, açúcar e gordura, assim como de outros nutrientes considerados pouco saudáveis. O projeto é de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO).

De acordo com o texto aprovado, um alerta deve ser efetuado com mensagem de advertência na parte frontal da embalagem, de forma clara, destacada, legível e de fácil compreensão. O modelo sugerido foi o adotado no Chile. “Eles têm uma das experiências mais relevantes no plano internacional. Lá empregaram um modelo de rotulagem nutricional frontal, com alertas em formato de octógonos de fundo preto e cores brancas”, explica o senador Romário.

Rótulo não é suficiente

O senador aponta que a medida tem a função de auxiliar o consumidor na hora de fazer escolhas alimentares. Ele explica que, embora essas informações constem no rótulo, por exigência das autoridades sanitárias, elas não têm produzido muito efeito, pois os dados são brutos e necessitam de interpretação e compreensão. “Além disso, as informações que constam das tabelas nutricionais não chamam a atenção, nem têm um significado claro. Para piorar a situação, muitas vezes as porções utilizadas na elaboração das tabelas nutricionais não condizem com a quantidade usualmente ingerida em uma refeição”, aponta.

Tramitação – Proposta será encaminhada para a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. Se aprovada, será analisada pela Câmara dos Deputados.

Senado aprova medidas que garantem segurança aos atletas em formação

Brasília – A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou, nesta terça-feira (21), relatório do senador Romário favorável ao projeto de Lei PL 1153/2019, que estabelece medidas para garantir mais segurança aos atletas em formação nos clubes. O projeto de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) segue para análise na Câmara dos Deputados.

De acordo com o autor da proposta, o projeto é uma resposta à tragédia ocorrida em fevereiro deste ano no Ninho do Urubu, centro de treinamento de futebol do Clube de Regatas do Flamengo, no Rio de Janeiro. Na ocasião, dez adolescentes que jogavam pelas categorias de base do clube morreram em um incêndio no quarto onde dormiam.
O projeto altera a Lei Pelé (Lei 9.615, 1998) para exigir dos clubes laudos técnicos anuais, apresentados ao Ministério Público, certificando vistorias das condições de segurança dos alojamentos para atletas em formação. O descumprimento dessa determinação poderá levar à suspensão da entidade de participação em competições oficiais. Os dirigentes poderão ser responsabilizados pessoalmente por danos causados a atletas em função de falhas de segurança.
Além das questões de segurança, o projeto determina assistência educacional, assistência psicológica, médica, odontológica e farmacêutica; alimentação suficiente, saudável e adequada à faixa etária; garantia de transporte adequado para ida e vinda de sua residência; convivência familiar; participação em atividades culturais e de lazer, nos horários livres; e assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças.

Emenda apresentada pelo senador Romário determina ainda que o clube formador ofereça à família do atleta em formação documento no qual se responsabilize por sua segurança e integridade física, durante o período em que estiver sob sua responsabilidade.

Banheiros químicos acessíveis para deficientes agora são obrigatórios nos eventos

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nessa segunda-feira (13) uma lei que obriga a instalação de banheiros químicos acessíveis voltados para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, em eventos públicos ou privados (Lei 13.825, de 2019).

A nova lei determina que em todos os eventos onde haja banheiros químicos, pelo menos 10% deles terão que ser adaptados para uso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A proposta (PLC 32/2017) foi votada no Plenário do Senado no final de março, quando foi relatada por Romário (Pode-RJ).

— Pode parecer para alguns que este projeto não teria uma relevância das maiores, mas muito diferente do que podem imaginar, as pessoas que tem mobilidade reduzida necessitam muito dele — afirmou o senador na ocasião.

Na opinião de Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Rose de Freitas (Pode-ES), a instalação de banheiros químicos acessíveis deveria ser uma prática espontânea por parte dos promotores de eventos. Como não é, tornou-se necessário aprovar uma lei criando esta obrigação.

Eliziane citou dados do IBGE apontando que mais de 20% da população brasileira hoje é portadora de alguma deficiência. Lembrou que o próprio Senado precisou fazer uma série de adaptações em suas dependências para receber a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica e assumiu o mandato em fevereiro.

Já Flávio Arns (Rede-PR) elogiou Romário e reiterou que “as pessoas com deficiência precisam ter a chance de fazerem o que quiserem, sem necessariamente ter que pedirem sempre a ajuda de outras pessoas”. E Jorge Kajuru (PSB-GO) valorizou o fato da proposta ter sido aprovada por unanimidade no Senado.

Fonte: Agência Senado

CDH amplia isenção do IOF na compra de carro da pessoa com deficiência

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou, nesta quinta-feira (25), texto substitutivo do senador Romário (PODE-RJ) favorável ao projeto de Lei 1247 de 2019, da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

O texto aprovado tanto equipara as regras da isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) às mesmas regras da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como amplia para que as pessoas com deficiência possam adquirir os veículos com condições especiais por intermédio de seus representantes legais.
Hoje a lei do IOF só permite a isenção para pessoas com deficiência física, deixando de lado as demais deficiências como a visual, auditiva, mental severa ou profunda ou autistas. O projeto, então, atualiza e corrige a legislação.

“Tem razão a autora na afirmação de que a legislação pertinente ao IOF é, injustificadamente, mais restritiva do que as regras do IPI para aquisição de veículos por pessoas com deficiência”, justifica o senador Romário, em seu parecer.

O texto agora precisa ser aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAE).