Deputados e senadores devem perder cargo imediatamente quando condenados, prevê PEC de Romário

O senador Romário apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição que prevê s perda automática de mandato a deputados e senadores condenados por crimes previstos na Lei da Ficha Limpa, que resultem em inelegibilidade. A PEC, que tem o apoiamento de 32 senadores, aguarda designação de relator na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

A redação atual da Constituição Federal permite que parlamentares que sejam condenados e, mesmo, presos permaneçam no exercício do mandato, até que a respectiva Casa Legislativa, mediante provocação de Mesa ou de partido político, decida pela perda do cargo. A proposta do senador Romário altera a Constituição e determina que parlamentares, cuja condenação seja definitiva, percam automaticamente o direito a exercer seus mandatos.

“A situação atual, além de aviltar a imagem do Parlamento, já profundamente desgastada, ainda cria verdadeira contradição com os ditames da Lei da Ficha Limpa”, avalia Romário.

Para o senador, a lei atual tem distorções que devem ser corrigidas. Isso porque, a Constituição Federal prevê inelegibilidade aos cidadãos em virtude de condenações por crimes graves, mas parlamentares, ainda que condenados por esses mesmos crimes em sentença transitada em julgado, podem eventualmente continuar no exercício do mandato.

“Temos a certeza de que, com essa alteração, reduziremos a sensação de impunidade que perpassa a sociedade brasileira com relação aos membros do Congresso Nacionai, ao mesmo tempo em que se mantém intacto o princípio constitucional da autonomia dos Poderes, que é garantia do bom funcionamento do Estado Democrático de Direito”, defende o senador Romário.

Nota – O Antagonista

O senador Romário desmentiu, por meio de nota, a informação de que teria recebido qualquer quantia para apoiar o governador Luiz Fernando Pezão na eleição de 2014. Segundo o site O Antagonista, a informação é da revista Veja.

Veja a publicação do senador nas redes sociais do senador:

“Papo-reto, galera!

Estava demorando. Mais uma mentira sendo ventilada com meu nome. Vou recordar uma coisa aqui com vocês. Em 2015, eu era pré-candidato à prefeitura do Rio. A eleição seria no ano seguinte, 2016. Inventaram uma conta na Suíça, falsificaram até extrato. Não conseguiram provar nada e a revista Veja, que publicou, está sendo processada.

Estamos em 2017, tem eleição próximo ano e eu sou pré-candidato ao governo do Rio, com 30% das intenções de voto. Inventam que eu recebi dinheiro para apoiar o Pezão. De acordo com o site Antagonista, a notícia foi ou será publicada novamente na VEJA, revista que estou processando.

Qualquer semelhança é mera coincidência? Acho que não, um dos componentes é o mesmo: o PMDB do Rio com medo de perder

Agora é o seguinte, antes eles forjaram um extrato, agora têm a palavra de um delator.
Falou? Tem que provar.
É isso!”

Bancada do Podemos vota contra permanência de Aécio Neves no Senado

A bancada do Podemos votou contra a permanência do senador Aécio Neves no Senado, depois do partido fechar questão. Os senadores Alvaro Dias (Podemos PR), Romário (Podemos RJ) e José Medeiros (Podemos MT) votaram a favor de manter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves, que é citado na delação premiada de executivos da JBS. A Procuradoria Geral da República (PGR) aponta que o senador teria pedido R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS.

“Tempos difíceis”, declarou o senador Alvaro Dias. “O Senado revogar uma decisão do STF rompe com uma tradição da Justiça brasileira. É uma demonstração de que o Poder Judiciário não é independente e abdicou da sua independência e repassou ao Senado Federal, neste caso, aquela que é a sua prerrogativa intransferível, julgar, interpretar e aplicar a Constituição. Passou ao Senado a responsabilidade de dar a última palavra. O corporativismo instalado estabelece como regra a defesa dos integrantes da instituição. O Senado decidiu na contramão do que deseja a sociedade brasileira. O povo do país quer a eliminação dos privilégios e a votação do Senado alimentou os privilégios”, afirmou Alvaro Dias.

Fonte: Site  Podemos

Comissão aprova projeto que prioriza esportistas com baixo patrocínio

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, na última terça-feira (3), projeto do senador Romário, que altera critérios para a concessão do Programa Bolsa-Atleta (PLS 709/2015). O texto veda o benefício a atletas que já tenham rendimentos acima de 360 salários mínimos anuais. O projeto ainda será votado em segundo turno na mesma comissão e, se aprovado, segue para análise na Câmara dos Deputados.

Romário explica que o programa recebe críticas porque concede benefícios a atletas que já recebem patrocínios privados, enquanto outros atletas com potencial elevado, mas menor capacidade de captação, não são beneficiados pelo Governo.

O texto prevê suspensão imediata do benefício caso a concessão seja feita em desacordo com o teto estabelecido. Além disso, o atleta ficará proibido de concorrer a novo benefício nos dois primeiros anos subsequentes ao da suspensão.

O PLS também modifica os critérios para o recebimento do Programa Bolsa Pódio. Hoje, para receber o benefício, o atleta precisa ser indicado pelos comitês Olímpico e Paralímpico. Com a mudança proposta, para concorrer, basta que o atleta esteja entre os 20 primeiros colocados do mundo em sua modalidade.
A senadora Regina Souza, relatora do projeto, afirmou que a proposta garante transparência e economia aos programas esportivos, pois evita o acúmulo de fontes de financiamento público.
No relatório aprovado no ano passado, na Comissão de Educação, o senador Lasier Martins (PDT-RS) inseriu um dispositivo que obriga o beneficiário a entregar ao Bolsa-Atleta a cópia da sua declaração de imposto de renda. Assim, é possível verificar se o beneficiário continua na faixa de renda estipulada.

O Bolsa Atleta existe desde 2005 e destina R$ 370, por mês, a atletas de base e R$ 3.100 a atletas olímpicos e paraolímpico. “O Bolsa Atleta é o mais importante programa de benefício e incentivo esportivo do país e precisamos aperfeiçoá-lo para que seja ainda mais eficiente e chegue, de fato, no atleta que mais precisa de apoio”, finaliza Romário.