Comissão aprova alerta sobre alto teor de sódio, açúcar e gordura em embalagens de alimentos

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou, nesta quarta-feira (29), relatório do senador Romário (PODE-RJ) ao projeto de lei 2313 de 2019, que estabelece regras para a rotulagem de produtos com alto teor de sódio, açúcar e gordura, assim como de outros nutrientes considerados pouco saudáveis. O projeto é de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO).

De acordo com o texto aprovado, um alerta deve ser efetuado com mensagem de advertência na parte frontal da embalagem, de forma clara, destacada, legível e de fácil compreensão. O modelo sugerido foi o adotado no Chile. “Eles têm uma das experiências mais relevantes no plano internacional. Lá empregaram um modelo de rotulagem nutricional frontal, com alertas em formato de octógonos de fundo preto e cores brancas”, explica o senador Romário.

Rótulo não é suficiente

O senador aponta que a medida tem a função de auxiliar o consumidor na hora de fazer escolhas alimentares. Ele explica que, embora essas informações constem no rótulo, por exigência das autoridades sanitárias, elas não têm produzido muito efeito, pois os dados são brutos e necessitam de interpretação e compreensão. “Além disso, as informações que constam das tabelas nutricionais não chamam a atenção, nem têm um significado claro. Para piorar a situação, muitas vezes as porções utilizadas na elaboração das tabelas nutricionais não condizem com a quantidade usualmente ingerida em uma refeição”, aponta.

Tramitação – Proposta será encaminhada para a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. Se aprovada, será analisada pela Câmara dos Deputados.

Senado aprova medidas que garantem segurança aos atletas em formação

Brasília – A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou, nesta terça-feira (21), relatório do senador Romário favorável ao projeto de Lei PL 1153/2019, que estabelece medidas para garantir mais segurança aos atletas em formação nos clubes. O projeto de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) segue para análise na Câmara dos Deputados.

De acordo com o autor da proposta, o projeto é uma resposta à tragédia ocorrida em fevereiro deste ano no Ninho do Urubu, centro de treinamento de futebol do Clube de Regatas do Flamengo, no Rio de Janeiro. Na ocasião, dez adolescentes que jogavam pelas categorias de base do clube morreram em um incêndio no quarto onde dormiam.
O projeto altera a Lei Pelé (Lei 9.615, 1998) para exigir dos clubes laudos técnicos anuais, apresentados ao Ministério Público, certificando vistorias das condições de segurança dos alojamentos para atletas em formação. O descumprimento dessa determinação poderá levar à suspensão da entidade de participação em competições oficiais. Os dirigentes poderão ser responsabilizados pessoalmente por danos causados a atletas em função de falhas de segurança.
Além das questões de segurança, o projeto determina assistência educacional, assistência psicológica, médica, odontológica e farmacêutica; alimentação suficiente, saudável e adequada à faixa etária; garantia de transporte adequado para ida e vinda de sua residência; convivência familiar; participação em atividades culturais e de lazer, nos horários livres; e assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças.

Emenda apresentada pelo senador Romário determina ainda que o clube formador ofereça à família do atleta em formação documento no qual se responsabilize por sua segurança e integridade física, durante o período em que estiver sob sua responsabilidade.

Banheiros químicos acessíveis para deficientes agora são obrigatórios nos eventos

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nessa segunda-feira (13) uma lei que obriga a instalação de banheiros químicos acessíveis voltados para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, em eventos públicos ou privados (Lei 13.825, de 2019).

A nova lei determina que em todos os eventos onde haja banheiros químicos, pelo menos 10% deles terão que ser adaptados para uso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A proposta (PLC 32/2017) foi votada no Plenário do Senado no final de março, quando foi relatada por Romário (Pode-RJ).

— Pode parecer para alguns que este projeto não teria uma relevância das maiores, mas muito diferente do que podem imaginar, as pessoas que tem mobilidade reduzida necessitam muito dele — afirmou o senador na ocasião.

Na opinião de Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Rose de Freitas (Pode-ES), a instalação de banheiros químicos acessíveis deveria ser uma prática espontânea por parte dos promotores de eventos. Como não é, tornou-se necessário aprovar uma lei criando esta obrigação.

Eliziane citou dados do IBGE apontando que mais de 20% da população brasileira hoje é portadora de alguma deficiência. Lembrou que o próprio Senado precisou fazer uma série de adaptações em suas dependências para receber a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica e assumiu o mandato em fevereiro.

Já Flávio Arns (Rede-PR) elogiou Romário e reiterou que “as pessoas com deficiência precisam ter a chance de fazerem o que quiserem, sem necessariamente ter que pedirem sempre a ajuda de outras pessoas”. E Jorge Kajuru (PSB-GO) valorizou o fato da proposta ter sido aprovada por unanimidade no Senado.

Fonte: Agência Senado