Romário anuncia desfiliação do PSB e diz que presidirá Podemos no Rio de Janeiro

Estadão Conteúdo

29.06.17 – 09h09
O senador Romário anunciou, nesta quarta-feira, 28, a desfiliação do PSB para integrar o partido Podemos, que substituirá o PTN. Segundo o parlamentar, a filiação será oficializada no próximo sábado, 1, em Brasília.

Em nota divulgada em seu Facebook, o senador afirmou que escolheu o partido por “apresentar um modelo de fazer política mais conectado com a sociedade atual”, que “não se identifica mais com a velha política”. Ainda segundo Romário, o Podemos “não se intitula nem de esquerda, nem de direita”. O senador informou que fará parte da Executiva Nacional do Partido e que será presidente do Podemos no Rio de Janeiro.

Outro que anunciou sua filiação oficial no próximo sábado ao partido é o senador Álvaro Dias. “Nós queremos fazer a leitura correta do que está acontecendo no Brasil”, disse o parlamentar em vídeo publicado em seu Facebook. “O desejo do novo partido que agora integramos é exatamente fazer a leitura correta.”

Dias, que era do PV, afirmou que a população quer mudança e disse que isso “exige uma participação partidária”. Assim como Romário, o parlamentar disse, no vídeo, que o novo partido “não quer ser da extrema direita, nem da extrema esquerda”.

Como informou a reportagem em maio, Dias se filiou ao partido com a promessa de que poderá ser lançado candidato à Presidência da República pelo Podemos nas eleições de 2018. Já Romário, segundo lideranças da legenda, poderá ser candidato ao governo do Rio de Janeiro.

A filiação dos dois senadores foi um dos motivos pelo qual o Podemos anunciou, em maio, o desembarque e a independência do governo Michel Temer no Congresso Nacional.

Senado é iluminado com a cor azul em apoio à luta contra a esclerose lateral amiotrófica

Nestas quarta (21) e quinta-feira (22), a cúpula do Senado Federal será iluminada à noite com a cor azul em homenagem ao Dia Nacional da Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), celebrado em 21 de junho. A iluminação especial foi solicitada pelo senador Romário (PSB-RJ).

Na justificativa do pedido, o parlamentar ressaltou a importância da iniciativa para que a sociedade se conscientize e “abrace a causa pelos portadores da síndrome”.

Romário é autor do projeto de lei (PLS 682/2015, no Senado, e PL 4075/2015, na Câmara dos Deputados) que institui o Dia Nacional de Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica. A proposta foi aprovada semana passada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara e aguarda o fim do prazo para apresentação de recurso junto à Mesa Diretora da Casa para ser encaminhada à sanção.

ELA

Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Amiotrófica (Abrela), o significado da doença está contido no próprio nome:

  • Esclerose significa endurecimento e cicatrização;
  • Lateral refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal; e
  • Amiotrófica é a fraqueza que resulta na atrofia do músculo, ou seja, o volume do tecido muscular diminui.

Assim, a Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença progressiva neuromuscular caracterizada pelo comprometimento dos neurônios motores. A perda desses neurônios afeta a mobilidade de pernas e braços, deixando a pessoa tetraplégica. Os músculos responsáveis pela respiração, fala e deglutição também são afetados, o que acarreta dificuldade para comer e até mesmo respirar. No entanto, não são afetados o raciocínio intelectual, visão, audição, paladar, nem olfato.

Segundo pesquisas, a ELA se desenvolve mais em homens do que em mulheres, mais em brancos do que em negros, e geralmente está associada a pessoas com mais de 60 anos.

Atualmente, estima-se que há 12 mil pessoas com a doença no Brasil.

Fonte: Agência Senado

CDH fará audiência para debater se o funk pode ser criminalizado

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) aprovou nesta quarta-feira (21) o requerimento de audiência pública para debater a criminalização do funk. A proposta que transforma o estilo musical em crime está na Sugestão Legislativa (SUG) 17/2017, idealizada pelo cidadão Marcelo Alonso.

Segundo a proposta, os chamados bailes de “pancadões” estimulam a prática de crimes contra crianças e adolescentes, promovendo o uso, venda e consumo de álcool e drogas, bem como o agenciamento, orgia e exploração sexual.

Na CDH, a matéria vai ser relatada pelo senador Romário (PSB-RJ), que solicitou a audiência pública para discutir a questão. Romário quer trazer para o debate no Senado o autor da proposta, compositores e cantores de funk, além de antropólogos que estudam o gênero musical. Entre os artistas listados pelo senador para opinar sobre o assunto estão Anitta, Nego do Borel e Valesca Popozuda — expoentes do estilo musical.

Para Romário, é preciso avaliar em que medida os crimes ocorridos durante ou após os bailes podem ser coibidos pelo Estado, sem que seja necessária uma medida tão drástica como transformar o funk em crime.

— Como carioca nato e eterno funkeiro, faço questão de defender essa bandeira — disse o senador.

Para virar projeto de lei, a sugestão ainda precisa ser aprovada na CDH. Até a tarde desta quarta-feira (21), mais de 8 mil internautas haviam opinado sobre a proposição, que recebeu 85% de votos favoráveis.

Qualquer brasileiro pode apresentar ideias legislativas para modificar ou criar novas leis. Se em um período de 4 meses essas ideias receberem mais de 20 mil apoios são encaminhadas para a CDH e são formalizadas. A sugestão de Marcelo Alonso teve quase 22 mil apoios.

A comissão ainda vai divulgar a data para realização da audiência.

Fonte: Agência Senado / Foto: Pedro França/Agência Senado

Romário vai rejeitar proposta que criminaliza o funk

Escolhido relator da sugestão de projeto de lei que criminaliza o funk, o senador Romário (PSB-RJ) anunciou, nesta quarta-feira (14), que vai rejeitar o texto. O parlamentar se manifestou nas redes sociais e disse ser um “grande equívoco relacionar a ocorrência de eventuais atos criminosos durante os bailes funks com a manifestação artística e cultural que advém da música”.

A proposta que propõe o fim do funk no Brasil começou a tramitar no Senado Federal em 26 de maio, como sugestão de projeto de lei depois de receber 22 mil apoios no canal “e-cidadania”. O portal do Senado permite que qualquer pessoa sugira uma ideia de lei e, caso consiga 20 mil assinaturas em quatro meses, o texto passa a ser debatido no parlamento.

De acordo com Marcelo Alonso, autor da proposta de criminalização do ritmo musical, o funk atende ao interesse de criminosos, como traficantes, estupradores e pedófilos. “O funk faz apologia ao crime, fala em matar a polícia. Sou pai de família e se eu não me preocupar com o futuro, amanhã só teremos marginais”, diz Alonso.

Romário rebate os argumentos e lembra que o Código Penal já prevê mecanismos legais para combater os crimes mencionados por Alonso. “A violência, o desrespeito ao próximo, os atos de vandalismo, o uso excessivo de álcool e a exploração sexual são comuns a todas as festividades conhecidas e não são exclusividade dos bailes funk. Certamente, durante o carnaval, podemos observar as mesmas cenas que chocaram os apoiadores da presente sugestão, mas, nem por isso, sugere-se criminalizá-lo”, argumenta o senador.

Romário vai realizar uma audiência pública para debater o tema em Brasília.

Câmara aprova projeto de Romário que institui dia de luta contra a ELA

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira (12), a instituição do Dia Nacional de Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), 21 de junho foi a data escolhida, mesmo dia em que é comemorada em outros países do mundo. O projeto, de autoria do senador Romário (PSB-RJ), vai à sanção presidencial.

A proposta atende a um pedido das associações de familiares que defendem as pessoas acometidas pela doença. O objetivo é tornar essa uma data oficial é para aumentar a conscientização da população sobre a ELA e sensibilizar gestores públicos e médicos, além de fazer valer os direitos dessas pessoas.

“No que depender de mim, a política sempre terá uma voz ativa e um cara brigando pelos direitos das pessoas com doenças raras, com o objetivo de garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes e familiares”, defende Romário.

A Ela é uma doença neurodegenerativa, ainda sem cura, que paralisa progressivamente os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais. A enfermidade tornou-se conhecida do grande público com a popularização do físico inglês Stephen Hawking, que sofre da doença desde 1963.

Desafios
De acordo com o professor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Gerson Chadi, as principais dificuldades em relação à ELA atualmente são a falta de um sistema de atendimento multidisciplinar para acompanhar todas as etapas da doença, as dificuldades no diagnóstico, a indisponibilidade de testes genéticos simples que evitam o alastramento da doença por gerações, a ausência de drogas e terapias que prolonguem a vida ou melhorem a sobrevida dos pacientes e o controle de intercorrências; que são, na maioria dos casos, o que acaba causando a morte de pessoas com ELA.

Para Chadi, é fundamental que se pense no estabelecimento de uma rede nacional de pesquisa e tratamento de doenças raras. “A pesquisa da ELA, e uma possível descoberta de cura, abrirá portas para o entendimento de mecanismos neurodegenerativos de diversas doenças. Doenças como essas dependem de políticas públicas que possam organizar uma cadeia assistencial para que tudo que o paciente precise chegue a ele com a qualidade devida”, informou.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Devedores do Estado devem ficar inelegíveis, prevê projeto de Romário

O senador Romário (PSB-RJ) apresentou o projeto que veta a candidatura de pessoas com débitos ativos na Fazenda Pública (União, Estado ou Município).

De acordo com o texto, a sanção só é extinta se o candidato quitar a dívida até a data limite da inscrição da candidatura. O projeto altera o art. 1º da Lei Complementar nº 64 de 1990, que estabelece, os critérios de inelegibilidade de candidatos a cargos no poder público, em todas as unidades federativas (PLS 170 de 2017).

A preocupação do senador é que, uma vez eleita, a pessoa utilize o cargo em benefício próprio. “Tantos detentores de mandato têm mostrado desembaraço para obter ganhos financeiros ilícitos, não é exagero imaginar a possibilidade de uso de cargo eletivo para tentar obter a extinção ou redução substancial de débito tributário, ou a procrastinação de sua quitação”, justificou.

A matéria aguarda designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Romário comemora operação da PF contra ‘calo nas investigações’ da CPI

O senador Romário, que presidiu a CPI do Futebol, comemorou a operação “Bola Fora”, que investiga caixa 2 na campanha do vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó, a quem o Baixinho classificou como “calo nas investigações” da Comissã Parlamentar de Inquérito.


– Veja mais em https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/lancepress/2017/06/09/romario-comemora-operacao-da-pf-contra-calo-nas-investigacoes-da-cpi.htm?cmpid=copiaecola

CDH estende a surdos isenção de IPI na compra de carro zero

Estender a todas as pessoas com deficiência a isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis é o objetivo do projeto PLS 28/2017, aprovado nesta quarta-feira (17) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

O autor, senador Romário (PSB-RJ), alega que a norma vigente (Lei 8.989/1995) não abrange as pessoas com deficiência auditiva, por exemplo. Para corrigir tal distorção, ele propôs a adoção de um conceito mais amplo de pessoa com deficiência, previsto na Lei Brasileira de Inclusão, que remete à avaliação biopsicossocial, superando somente o conceito médico.

Hoje, a lei somente concede a isenção a pessoas com impedimentos de ordem física, visual e mental e a autistas, privando pessoas com outros tipos de deficiência sensorial do direito de usufruir do benefício.

Para Romário, o projeto pode corrigir a “injustiça legal” de não incluir todos os deficientes como beneficiários. Ele lembra que a isenção do IPI é uma forma de contribuir com a mobilidade da pessoa com deficiência, que terá mais facilidade para adquirir um automóvel.

A proposição também autoriza o beneficiário a fazer uso dessa isenção caso o veículo seja roubado ou furtado, ou sofra sinistro que acarrete sua perda total.

A relatoria ficou a cargo do senador Paulo Paim (PT-RS), que concordou com a iniciativa. Segundo o parlamentar, além de estender o rol de beneficiários, o projeto corrige uma restrição inaceitável, “explicada pela compreensão limitada, antiga e excludente das deficiências no momento em que esse direito foi criado”.

O PLS 28/2017 segue agora para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para decisão terminativa. Ou seja, sem necessidade de ir a Plenário, a menos que haja recurso.


CDH estende a surdos isenção de IPI na compra de carro zero

Romário exalta investigações sobre corrupção no Mané Garrincha: ‘Nova era da moralidade’

Os desdobramentos da investigação em torno da suspeita de corrupção no Mané Garrincha não passaram em branco aos olhos de Romário. No início da tarde desta terça-feira, o senador divulgou em sua página no Facebook um texto no qual exaltou as prisões dos ex-governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, e do ex-vice-governador, Tadeu Filippelli, são mais uma prova de que houve superfaturamento em torno das obras no estádio Mané Garrincha visando a Copa do Mundo de 2014:

“Aos poucos a polícia vai confirmando todas as denúncias de superfaturamento dos estádios da Copa do Mundo de 2014. A população estava certa ao ir para às ruas em 2013 e 2014 e gritar que não queria estádios e sim investimento em hospitais e escolas”.

Segundo o Baixinho, o episódio do estádio do Distrito Federal é um marco no uso desenfreado de desvios públicos para o Mundial-2014:

“O estádio Mané Garrincha foi um dos casos mais emblemáticos de desvio de recursos públicos. O valor inicial começou da obra de reforma e ampliação era de 500 mil reais, o valor final chegou a 1,5 bilhão de reais”.

O ex-jogador ainda valorizou as três detenções feitas pela Polícia Federal. Aos seus olhos, o momento é de trazer uma era de moralidade no país:

“Comprovados os desvios, a Polícia Federal prendeu hoje dois ex-governadores do DF, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, além do ex-vice-governador, Tadeu Filippelli. Essas ações da polícia são muito importantes, porque implementam uma nova era de moralidade no país, já que sabemos que essa prática de superfaturar obra pública é uma praxe antiga, sem que altas autoridades fossem responsabilizadas por isso. Também é importante para a moralidade do esporte, pois comumente esses superfaturamentos ocorrem em obras esportivas”.


http://www.lance.com.br/futebol-internacional/romario-exalta-investigacoes-sobre-corrupcao-mane-garrincha-nova-era-moralidade.html

Mais do que falar de Feijó, Romário relembrou ação de Renan para travar investigações em CPI

Como já divulgado na Coluna Labafero, no site CadaMinuto, o senador e ex-jogador de futebol Romário se manifestou sobre a Operação da Polícia Federal que resultou em mandados de busca e apreensão contra o vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó.

O senador faz críticas a Feijó e sua atuação buscando barrar investigações ainda em uma CPI. Todavia, vai além disso e toca em um ponto grave: o senador Renan Calheiros (PMDB) – quando presidente do Senado Federal – agiu em benefício de Feijó para impedir que ele fosse convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol.

Feijó – segundo Romário – teve dois padrinhos: o senador Ciro Nogueira e Renan Calheiros. De acordo com Romário, depois que foi aprovada a convocação de Gustavo Feijó, Nogueira – “representando a bancada da CPF” – pediu a anulação da sessão e Renan Calheiros anulou.

Romário destaca que a Operação de hoje é fruto de informações compartilhadas entre a CPI e o Ministério Público Eleitoral. Feijó é acusado de ter praticado “caixa 2” na campanha eleitoral de 2012, quando se elegeu prefeito da cidade de Boca da Mata.

Os recursos não declarados – descreve Romário – foram repassados pela CBF. Isto, destaca o ex-jogador, foi apontado pela investigação da CPI. Daí querer se ouvir Feijó.

Segundo Romário, para proteger Gustavo Feijó, Renan Calheiros e Ciro Nogueira foram arbitrários em uma ação “completamente ilegal”. Além de Feijó, seriam ouvidos Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. Romário diz que a ação conjunta dos senadores travou a CPI por meses e limitou o trabalho de investigação.

“Fico muito feliz que os órgãos competentes, como o MPE e a PF, estejam dando prosseguimento ao trabalho iniciado por mim na CPI do Futebol. Os resultados de uma investigação nem sempre são imediatos, tenho certeza que o que conseguimos provar ainda vai dar muita dor de cabeça para aqueles que fazem do futebol um ofício criminoso”, complementou nas redes sociais.

As críticas de Romário a esta ação são antigas. Em 2016, ele já havia dito o seguinte sobre o caso que envolvia Renan Calheiros: “Estou absolutamente perplexo com a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de refazer a votação de requerimentos na sessão de ontem da CPI do Futebol, que aprovou a convocação de testemunha fundamentais para o andamento dos trabalhos”.

 


Mais do que falar de Feijó, Romário relembrou ação de Renan para travar investigações em CPI

Romário anuncia livro baseado nas investigações da CPI do Futebol

O senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ) lançará um livro que terá como tema o combate ao crime organizado no futebol. Intitulada “Um Olho na Bola, Outro no Cartola – O Crime Organizado no Futebol Brasileiro”, a obra será publicada pela editora Planeta e foi anunciada pelo ex-atleta por meio de sua conta nas redes sociais nesta quarta-feira (31).

 


Veja mais em https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2017/05/31/romario-anuncia-livro-baseado-nas-investigacoes-da-cpi-do-futebol.htm?cmpid=copiaecola

Dia Nacional de Combate ao Preconceito Contra às Pessoas com Nanismo vai à sanção presidencial

A instituição do Dia Nacional do Combate ao Preconceito Contra as Pessoas com Nanismo, no dia 25 de outubro, foi aprovada, nesta quarta-feira (7), em caráter terminativo na Câmara dos Deputados. O projeto, de autoria do senador Romário (PSB-RJ), já havia sido aprovado no Senado e agora vai à sanção presidencial.

A data, comemorada em vários países do mundo, homenageia o já falecido ator norte-americano Billy Barty, que tinha nanismo e foi uma das primeiras pessoas do mundo a lutar contra o preconceito. Para isso, ele fundou a instituição Little People of America (Pessoas Pequenas da América, em tradução livre).

O senador Romário abraçou a causa das pessoas com nanismo em 2015, quando foi procurado por associações para erguer a bandeira. A criação da data tem o objetivo de dar visibilidade ao tema e gerar reflexão sobre os problemas enfrentados por pessoas com nanismo.

A baixa estatura, principal característica do nanismo, faz com que essas pessoas carreguem durante a vida inteira o estigma de serem vistos como personagens infantis. O problema afeta gravemente a vida social daqueles que têm o crescimento afetado por essa alteração genética. “A discriminação social representa um fator de dificuldade para o acesso dessas pessoas ao mercado de trabalho. Por essa razão, eles aceitam trabalhos que ridicularizam a sua imagem em função de seu tamanho, tornando-os alvo de piadas e lendas urbanas”, explica o senador Romário.

Para o parlamentar, a criação da data vai ter implicações na educação, nas relações entre alunos, na produção cultural, nos esportes, no mundo do trabalho e na sensibilização da sociedade quanto ao respeito às pessoas que apresentam essa característica.

Além do estigma, falta informação e acessibilidade adequada nos veículos de transportes, prédios, banheiros públicos e bancos. A acessibilidade no Brasil deixa a desejar para cegos, cadeirantes, surdos e é ainda pior para as pessoas com nanismo. “A data vem para lançar luz sobre todos esses temas e isso terá muita importância para milhares de pessoas”, defende Romário.

Entenda – O nanismo é uma alteração genética que provoca um crescimento esquelético anormal, resultando num indivíduo cuja altura é muito menor do que a altura média da população, com estatura entre os 70 cm e 1,40 m, dependendo da condição que o afeta.

Romário quer criar “Sistema S” para capacitar pessoas com deficiência

O senador Romário (PSB-RJ) apresentou o projeto de lei que institui o Serviço Nacional de Aprendizagem da Pessoa com Deficiência (SENAPD). O órgão terá o objetivo de promover a educação e a capacitação de pessoas com deficiência para o mercado de trabalho, assim como a habilitação e reabilitação desse segmento de pessoas, nos mesmos moldes do Sistema S, só que com serviços gratuitos.

O “Sistema S” é um conjunto de organizações das entidades corporativas voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica. Fazem parte do sistema S: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac) e outros.

O serviço prestado por esses órgão são mantido com contribuições pagas por empresas às instituições do Sistema S, com alíquotas que variam de 1,5% a 2,5%.

O SENAPD, “Sistema S” das pessoas com deficiência, também deve oferecer capacitação para os responsáveis legais por pessoas com deficiência, assim como cuidadores, acompanhantes e mediadores. O serviço também será responsável pela promoção de pesquisa, pela difusão de conhecimento sobre inclusão no trabalho, abrangendo aspectos como o respeito à diversidade humana, acessibilidade, desenho universal, ajudas técnicas, tecnologias assistivas, dentre outros serviços.

De acordo com o projeto do senador Romário, 0,5% da receita destina aos órgãos do “Sistema S”, será recolhido para o SENAPD. O serviço também poderá receber doações e gerar renda a partir de serviços prestados.

Romário lembra o quanto é difícil incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mas garante que é compensador. “É necessário demolir preconceitos e hábitos excludentes, mas o sucesso nessa empreitada beneficia a todos: a sociedade fica mais aberta; as empresas descobrem um manancial de talentos; as pessoas com deficiência adquirem autonomia”, garante. “Nesse sentido, parece-nos adequado e promissor criar uma estrutura como a das entidades integrantes do chamado Sistema S. Essa é a razão de propormos a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem da Pessoa com Deficiência”, complementa na justificativa do projeto.

Foto: Lanna Silveira