Adolescente cobra medicamento de ministro da Saúde e emociona senadores

A paraibana Laíssa Polyana, de 12 anos, diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME) emocionou senadores e a plateia que lotaram o auditório da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, na manhã desta quarta-feira (27/3). Na audiência pública presidida pelo senador Romário (PODE-RJ), que debateu com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Laíssa fez um emocionante apelo para que o medicamento que combate a doença seja logo incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Eu sou Laíssa Polyana, conhecida por Guerreira. Tenho AME tipo três, porque passei a andar. A AME pode levar à morte, mas existe uma pequena esperança, que é o medicamento Spiranza. O Spiranza vai tentar parar a doença e eu já tomei cinco doses, sinto muitas melhoras e estou mais renovada. Mas até começar o tratamento não foi fácil, pois a doença me tirava as forças e eu precisava chamar `mãe, me socorre, estou precisando de ajuda, sem respirar, não consigo comer´.”

Chorando, Laíssa pediu ao ministro da Saúde que o Spinraza passe a ser distribuído pelo SUS para todos os tipos da doença, sem necessidade de o paciente recorrer à Justiça, como foi o seu caso. E num silencioso e atento auditório ela concluiu: “Precisamos desse remédio. Todos têm o direito de viver, não precisamos pedir isso. Podemos ter a esperança de viver”? Os aplausos foram imediatos e prolongados.

O tratamento com Spinraza é extremamente caro. Cada dose custa em torno de R$ 200 mil e a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) alega que não há comprovação científica da eficácia da terapia para incluir o medicamento entre os liberados ao SUS.
“Muito do que se evoluiu em doenças raras deve-se à atuação do senador Romário”, disse o ministro. E, em resposta ao pedido de Laíssa, ele comentou sobre a burocracia e negociações para liberar o medicamento, concluindo: “Vamos garantir a medicação para você para os seus amigos”.

Com duração de cinco horas ininterruptas, o debate entre o ministro da Saúde e os senadores abordou os principais temas do setor, como a formação médica em outros países e a revalidação do diploma, o programa Mais Médicos, que encerrou parceria com o governo cubano, e as dificuldades para combater doenças entre os índios.

A exemplo do que acertou com a Câmara dos Deputados, o ministro Luiz Henrique Mandetta sugeriu que técnicos do Ministério da Saúde reúnam-se com os senadores semanalmente para debater sobre os programas da pasta e a agilização na tramitação de projetos de leis no Congresso Nacional.

Programa Mais Médicos será revitalizado, diz ministro da Saúde

O programa Mais Médicos, que levou milhares de médicos a áreas do Brasil com carência desses profissionais, deve ser revitalizado. É o que garante o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O ministro participou de uma audiência pública, nesta quarta-feira (27), na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

A sessão, presidida pelo senador Romário (PODE-RJ), durou cinco horas. Neste período, o ministro respondeu aos questionamentos dos senadores. Um dos assuntos mais debatidos foi o programa Mais Médicos. De acordo com o ministro, até abril, uma reformulação do programa será enviada ao Congresso, mantendo o objetivo inicial do programa que é combater a desassistência no Brasil. Ele disse que os médicos terão uma perspectiva de “estabilidade e caminhada dentro do serviço público”.

O projeto pretende legalizar a situação de 2000 médicos cubanos que ficaram no Brasil, após Cuba abandonarem o programa. Outros temas tratados foram a saúde indígena e liberação de medicamentos de alto custo para pessoas com doenças raras.

Romário realiza evento emocionante em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down

Longe da toga e dos protocolos da magistratura, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro José Antônio Dias Toffoli emocionou uma plateia de 500 pessoas que lotaram o auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, na manhã desta quinta-feira (21).

Num discurso emocionado, que chegou às lágrimas, na solenidade do Dia Internacional da Pessoa com Síndrome de Down, ele se dirigiu ao “querido amigo Romário”, promotor do evento, homenageando o seu irmão mais novo, José Eduardo, de 50 anos, que tem Síndrome de Down: “Ele é a prova da existência de Deus, que não tem maldade, mas um amor incondicional, um amor que nos ensina” afirmou.

“Temos um compromisso de trabalho contínuo para que as pessoas com Down sejam respeitadas e integradas nas diferentes esferas da vida e aceitos na sociedade”, afirmou o ministro. “E o senador Romário (PODE-RJ), que fez grandes gols na vida, fez um golaço com a sua filha (Ivy) e com este evento”.

Para Romário, os tempos estão mudando, e precisamos cada vez mais inserir as pessoas com Síndrome de Down em todos os meios da sociedade. “Temos hoje consciência diferente de outros anos. Depois da Lei Brasileira de Inclusão as pessoas com algum tipo de deficiência passaram a ter outro significado para a nossa sociedade. E aqui no Congresso, essa causa é da maioria dos parlamentares. Fico muito feliz com isso”, disse Romário.

Mesa: senador Eduardo Girão (Pode-CE); presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; senador Romário (Pode-RJ), senador Flávio Arns (REDE-PR) e senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Com o tema “Ninguém Fica para Trás”, essa foi a oitava edição do seminário promovido por Romário para comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down.  Uma das palestrantes foi Lianne Collares, diretora de Relações Públicas das Associações de Síndrome de Down. Ela enfatizou: “Não coloque limites nos seus sonhos, coloque fé”.

O evento no Senado, com duração de quatro horas, foi um misto de discursos de autoridades do segmento, parlamentares e apresentações artísticas e musicais que exploraram o potencial de pessoas com Síndrome de Down.

Nesse universo, Luana Rollim de Moura, destacou em seu discurso o lema da solenidade deste ano. Primeira fisioterapeuta com Síndrome de Down a ser formada no Brasil, ela afirmou que “se não tivesse tido muita força de vontade e paciência não teria chegado até aqui”.

O modelo profissional Samuel de Carvalho Sestaro, de Santos (SP), fez um apelo aos parlamentares: “O preconceito e a discriminação devem ser afastados definitivamente das nossas relações. As senhoras e os senhores senadores foram eleitos também para legislarem nesse sentido”.

Luca Lima de Oliveira Barros trouxe de Fortaleza uma mensagem de fé, inspirado pela Bíblia, que ele prega como pastor já há sete anos. “Deus está comigo e com vocês. Ele não vai nos abandonar, porque a única coisa que nos separa de Deus é o orgulho e a vaidade”.

A parte artística da solenidade teve a participação de street dance com alunos do Centro Educacional e de ensino 01 e apresentação musical da Escola Pestalozzi, ambas de Brasília. Do Rio de Janeiro veio Ivy Faria, de 14 anos, filha do senador Romário, que se juntou ao grupo da APAE DF na apresentação da peça teatral “Iara Sereia dos Rios”.

Apresentação musical do grupo Paródia Pestalozzi. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Um dos momentos mais emocionantes da solenidade foi quando o senador Romário simulou uma luta com o pequeno judoca Salomão, de apenas três anos. No jogo de corpos pra lá e pra cá, o senador, de terno e gravata, jogou-se ao solo como que tivesse sofrido um “yppon” – o golpe perfeito no judô. A vibração da plateia e de Salomão emocionaram a todos que viram naquele gesto de brincadeira uma forma de incentivar os rumos de tão jovem atleta.

À solenidade do Dia Internacional das Pessoas com Síndrome de Down compareceram os senadores Eduardo Girão (PODE-CE), Flávio Arns (REDE-PR), Leila Barros (PSB-DF), Styvenson Valentim (PODE-RN), Eduardo Gomes (MDB-TO) e da secretária-geral do Senado, Ilana Trombka.

Falando aos presentes, o senador Romário afirmou: “Vocês têm em mim um guerreiro. Estou nessa causa nos últimos 13 anos. Ivy, minha filha, mudou a minha forma de pensar e agir na defesa das pessoas com Down. Trabalho junto com os meus colegas parlamentares para que vocês possam ter o mesmo direito das demais pessoas. Essa é a minha principal bandeira, a luta constante para que os direitos e cidadania de vocês sejam garantidos”.

 

Romário celebra dia internacional da Síndrome de Down em Brasília

“Ninguém fica para trás” reflete sobre a necessidade de inclusão

Com o tema “Ninguém fica para trás”, o senador Romário celebra, próximo dia 21 de março, a partir das 9h, o Dia Internacional da Síndrome de Down. O evento reunirá pessoas com síndrome de Down que mostrarão como superaram limites e conquistaram seus sonhos. A programação também trará projetos que ajudam no desenvolvimento da fala e da leitura e uma central de atendimento humanizado de acolhimento à trissomia 21. O evento é promovido pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

De acordo com o presidente da CAS, senador Romário, o tema deste ano traz uma reflexão sobre como garantir autonomia para crianças, jovens e adultos com a síndrome e foi inspirado no tema da Agenda 2030 das Organizações das Nações Unidas (ONU), “Leave No One Behind” (Não deixe ninguém pra trás, em tradução livre).

“As pessoas com deficiência foram excluídas da vida social e negligenciadas por políticas durante muitos anos, por isso esse tema é importante e traz uma mensagem clara, nenhuma pessoa pode ser deixada para trás. E como fazemos isso? Com educação universal, inclusão e, acima de tudo, respeito à diversidade”, defende o senador.

O evento trará histórias dos jovens com síndrome de Down Samuel Santos e Luca Lima, palestrantes sobre pessoas com deficiência; Liane Colares, diretora de relações públicas da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e autora do livro “Liane, Mulher como Todas”; e Luana Dallacorte, primeira fisioterapeuta com Síndrome de Down a ser formada no Brasil. Eles falarão, dentro das suas áreas, sobre as oportunidades e ferramentas necessárias para pessoas com deficiência desenvolvam todo seu potencial e vivam suas vidas com plenitude.

Esporte, Educação e Acolhimento

Três importantes ferramentas para o desenvolvimento da pessoa com deficiência também serão abordadas no evento. O Judô Precoce, da Associação Sociocultural Koinonia, trará o exemplo de como incluir crianças com deficiência, a partir a de dois anos, no esporte. Outro projeto apresentado será o Canta e Lê, uma abordagem multisensorial para desenvolver a fala e a leitura, do Movimento Down.

Outro tema que será tratado no evento é a necessidade de informação para as famílias. O assunto virá com o projeto CHAT21 (Central Humanizada de Acolhimento T21), um portal que oferece acolhimento e informação gratuitos à distância, direcionado às famílias de pessoas que têm síndrome de Down.
O evento ainda contará com uma extensa programação cultural, fundamental para o desenvolvimento humano. Peças teatrais, dança e música agitam a programação, que contará com a participação especial de Ivy Faria, filha do senador Romário, que tem Síndrome de Down.

Exposição fotográfica

Paralelo ao evento, ocorre a exposição de fotos “Um olhar especial para a natureza”, resultado de uma parceria entre a fotógrafa Gi Sales e o Diário da Inclusão Social. Para captar as imagens, foram realizadas oficinas fotográficas com 11 jovens com a Trissomia 21. Eles fotografaram os principais pontos turísticos de Brasília. A exposição fica disponível ao público de 21 a 28 de março, no espaço Evandro Cunha Lima, Senado Federal.

Serviço:
Ninguém Fica Pra Trás – Seminário em comemoração do Dia da Síndrome de Down
Dia 21 de março, às 9h, no auditório Petrônio Portela, Senado Federal.