Voto aberto para cassações e vetos é promulgada pelo Congresso

Deputados condenados no processo do mensalão já terão a perda de seus mandatos votada de forma aberta pelo Plenário; extensão da medida para os legislativos estaduais e eleições dos presidentes da Câmara e do Senado, porém, ainda será analisada na forma de outra PEC.

O Congresso Nacional (sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado) promulgou nesta quinta-feira a Emenda Constitucional 76, que acaba com as votações secretas nos processos de cassação de deputados e senadores e no exame de vetos presidenciais.

Originalmente, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349/01, aprovada em setembro pela Câmara, proibia o voto secreto em qualquer deliberação do legislativo brasileiro. No entanto, os senadores decidiram fatiar o texto em duas partes. Assim, a parte da proposta não acatada pelo Senado voltará para análise da Câmara na forma de outra PEC.

A Emenda Constitucional 76 não prevê o voto aberto para a escolha de autoridades – que é uma função exclusiva do Senado Federal –, nas eleições das mesas diretoras das duas casas e em deliberações das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das câmaras de vereadores.

Para o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ao aprovar o voto aberto para cassações de mandatos e para a análise de vetos presidenciais, o Congresso caminha ao encontro dos anseios do povo brasileiro, que foi às ruas em junho clamando por melhores serviços públicos, mas também por mais ética na vida pública.

“Não há mais espaço na política brasileira para o obscurantismo das decisões envergonhadas e escondidas. Quem quer realmente representar o nosso povo tem que se abrir a esta sociedade mais alerta aos fatos políticos, que cobra melhores serviços públicos, mais educação, mais cultura, e um meio ambiente mais saudável. Que cada um assuma as suas posições legítimas e busque a cada eleição o reconhecimento popular”, sustentou Alves.

O presidente da Câmara ainda comentou que a Mesa deve apresentar um projeto de resolução para adaptar o regimento interno à emenda constitucional do voto aberto. Segundo ele, isso nem seria necessário, porque a Constituição se sobrepõe ao regimento, mas a proposta será apresentada para garantir a segurança jurídica do processo.

Fatiamento
Os debates no Senado revelaram opiniões divididas, e o fatiamento da proposta ocorreu por meio de destaques ao texto apresentados pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). De um lado, senadores em defesa do direito da população de saber como votam seus parlamentares. De outro, argumentos a favor de que algumas votações devem permanecer secretas para preservar a instituição do Senado Federal.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, afirmou, no entanto, que o texto aprovado tem o apoio da maioria nas duas casas. Calheiros destacou ainda que o Brasil está mudando e que as instituições precisam acompanhar as mudanças, sob pena de verem comprometida a própria credibilidade.

“As leis precisam ser modificadas na qualidade e na velocidade em que a sociedade pede”, disse ele, também citando o atendimento ao clamor popular por mais ética e transparência na vida pública. O presidente do Congresso destacou ainda a aprovação pelo Parlamento de outras propostas que vão ao encontro do anseio popular, como a que torna corrupção crime hediondo e o que prevê ficha limpa para servidores públicos.

Com a promulgação, os deputados condenados na ação penal do mensalão, por exemplo, já deverão ter a cassação analisada em votação aberta. Os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), além de Pedro Henry (PP-MT), foram condenados à prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e perderam os direitos políticos.

Fonte: Agência Câmara

No Dia da Pessoa com Deficiência, Dilma vai regulamentar a aposentadoria especial

 

Na próxima terça-feira (3), data em que se celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a presidente Dilma Rousseff vai assinar o decreto que regulamenta a aposentadoria especial e reduz o tempo de contribuição deste segmento da sociedade. O anúncio foi feito, nesta quarta-feira (27), pelo ministro interino da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.  A cerimônia acontece às 11hs, no Palácio do Planalto.

Este decreto é ansiosamente esperado por milhões de brasileiros, pois estabelece os critérios para a aposentadoria especial. A mudança foi garantida pela Lei Complementar nº 142, aprovada este ano na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e sancionada pela presidente. As novas regras ainda não foram adotadas pela Previdência devido à ausência do decreto com critérios claros.

Com a nova lei, homens com deficiência grave passam a ter direito a aposentadoria após 25 anos de contribuição, enquanto as mulheres, depois de 20 anos. Quando a deficiência for moderada, o tempo de contribuição passa para 29 anos e 24 anos, para homens e mulheres respectivamente. Não houve redução para os portadores de deficiência leve, pois, nestes casos, não há impedimentos e dificuldades que justifiquem um tempo menor de contribuição.

A lei define ainda que, homens poderão se aposentar aos 60 anos e, mulheres aos 55 anos de idade, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido o tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. O decreto definirá as deficiências grave, moderada e leve. Caberá aos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atestarem o grau de deficiência do segurado, se filiado ou com filiação futura ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Instalada comissão para analisar projeto sobre as dívidas dos clubes

Brasília – A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (27) uma comissão especial para analisar o projeto de Lei (PL) 6753 de 2013, do deputado Renan Filho, que cria o Programa de Fortalecimento do Esporte Olímpico (Proforte). O polêmico projeto propõe que os clubes paguem apenas 10% das dívidas com a União e invistam os 90% restantes na formação de atletas. Embora o projeto sugira o fortalecimento do esporte olímpico, durante esta primeira reunião, os deputados trataram apenas de futebol. O PL é visto como uma anistia das dívidas dos clubes.

O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), declaradamente favorável ao projeto, foi eleito presidente da comissão especial. Os deputados Vicente Cândido (PT-SP), Asdúbral Mendes (PMDB-PA) e Deley (PTB-RJ) foram eleitos, respectivamente, 1º, 2º e 3º vice-presidentes. A relatoria ficou com o deputado federal Otávio Leite (PMDB-RJ).

Um das poucas vozes contrárias à anistia, o deputado federal Romário Faria (PSB-RJ) elogiou a indicação de Otávio Leite para a relatoria.

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“Tenho certeza que ele fará um relatório favorável ao esporte brasileiro, é uma pessoa séria e em quem confio”, declarou.

O relator já apresentou seu plano de trabalho, ele dividiu a discussão do projeto em seis eixos: dívida, governança e transparência,

formação de atletas, loterias, relação de trabalho e organização. Romário pediu para trabalhar nos grupos de relação de trabalho e organização, mas declarou que vai opinar em todos os temas.

Uma das principais missões da comissão será descobrir o real valor da dívida dos clubes, hoje estimada em R$ 4 bilhões. O grupo terá a primeira reunião oficial na próxima terça-feira (3).

Acidente no Itaquerão – Logo após a eleição da mesa, os membros da comissão lamentaram o grave acidente que aconteceu na tarde desta quarta-feira (27) na obra do estádio Itaquerão (SP), que deixou três operários mortos. De pé, os parlamentares pediram um minuto de silêncio em respeito às vítimas. Antes, a Comissão de Turismo e Deporto (CTD) da Câmara, teve o mesmo gesto. Por sugestão de Romário, a CTD deve voltar ao estádio depois do acidente e pedir informações ao engenheiro chefe da obra pelo ocorrido. Na última segunda-feira (25), um grupo de parlamentares esteve no local.

Em encontro do PSB no Rio, Romário afirma que sua gestão será marcada pela atenção às causas populares

O lançamento de uma Secretaria da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras marcou o encontro regional do PSB do Rio de Janeiro promovido, neste sábado (23), pelo presidente estadual, deputado federal Romário Faria. O evento contou com a presença de militantes da Rede Sustentabilidade e inaugurou um nova era do PSB-RJ que, conforme afirmou Romário, será marcado por democracia e atenção às causas populares.

“Estamos aqui para fazer o PSB ter a grandeza que sempre teve. Chega de beneficiar um ou outro, temos que compartilhar o mesmo pensamento da população, temos que ouvir o povo”, declarou Romário. Durante o encontro, inúmeros militantes se queixaram da falta de espaço na gestão anterior. Romário, no entanto, não alimentou críticas, disse que é preciso apagar o que ficou para traz.

Mais do que apagar o passado recente do PSB no Rio, o vice-presidente nacional da legenda, Roberto Amaral, defendeu o resgate das bandeiras de igualdade do PSB. “Nossa tarefa é retornar ao partido de 1985”, disse, ao citar os nomes de Antônio Houaiss, Jamil Haddad e Evandro Lins e Silva. “Os que vêm depois de nós tem um responsabilidade que eu não sei se teria força nas costas para suportar, que é honrar a história deste partido”, declarou.

Cumprindo a promessa de dar voz aos correligionários, Romário abriu a palavra em plenária aos militantes. Entre as propostas sugeridas, a criação de um núcleo de saúde, outra de mobilidade urbana. Um pedido comum foi o fortalecimento do partido no interior. A antiga gestão mantinha apenas comissões provisórias em vários municípios, informou um militante.

A lista de inscritos foi muito extensa e nem todos conseguiram se manifestar. Para o vice-presidente estadual do PSB-RJ, deputado federal Glauber Braga, o problema foi positivo. “Temos que aproveitar este momento e promover encontros menores”, disse. O prefeito de Petropólis, Rubens Bomtempo, avaliou que os militantes estavam com a voz embargada e pediu paciência para que todas as demandas sejam atendidas. Romário deve visitar os 92 municípios do Rio e ajudar na reformulação dos diretórios.

Rede

O representante da Rede Sustentabilidade Carlos Painel reforçou a aliança com o PSB no Rio de Janeiro e no Brasil. “Nós não somos um partido de direito, mas somos um partido de fato. Não conseguimos registrar o nosso partido por uma manobra política, mas vimos no PSB e em Eduardo Campos uma possibilidade de representar nossos ideais nacionalmente e estou aqui para dizer que estamos juntos”, afirmou. Painel será responsável pelo Núcleo Estadual de Meio Ambiente.

O evento contou com a participação dos movimentos sociais do PSB, como a juventude, sindical, negritude e mulheres socialistas.

1ª Secretaria da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras

Após o anúncio da criação da secretaria, Romário indicou Helena Werneck para comandar a pasta. Mãe de uma jovem com Síndrome de Down, ela milita há 20 anos pelas causas de pessoas com deficiência. “O apoio aos deficientes e às pessoas com doenças raras influenciará na visão que a sociedade terá do partido”, disse Helena.

Romário promove encontro regional do PSB no Rio

O presidente do PSB do Rio de Janeiro, deputado federal Romário, promove no próximo sábado (23) um encontro estadual do PSB-RJ. O evento vai reunir os diretórios municipais da legenda e discutir novas perspectivas para o Rio de Janeiro frente à conjuntura do estado.

Na ocasião, será lançada a 1ª Secretaria da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras. O partido também vai inaugurar um núcleo estadual sobre meio ambiente, com o objetivo de ampliar o debate sobre o tema com os militantes da Rede Sustentabilidade.

Serviço – “Encontro Estadual do PSB-RJ”, dia 23 de novembro de 2013 (sábado), a partir das 9h30 horas, no Tijuca Tênis Clube, Rua Conde de Bonfim, 451, Tijuca, Rio de Janeiro/ RJ.

Confira a programação:

09:30 – Credenciamento
10:00 – Abertura e Apresentação da Direção Executiva Estadual do PSB-RJ
10:30 – Palestra do Dr. Roberto Amaral – 1º Vice-Presidente Nacional do PSB
11:00 – Debates – Plenária
12:00 – Lançamento da Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras
Lançamento do Núcleo Estadual de Meio Ambiente.
12:30 – Encerramento

Mais de 300 anos após a morte de Zumbi, negro ainda sofre com discriminação

Brasília – Comemorado hoje (20), data da morte de Zumbi dos Palmares, o Dia da Consciência Negra deve servir para que os brasileiros reflitam sobre a desigualdade, a intolerância e o preconceito ainda existentes na sociedade. É o que revela nota técnica do Instittuto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao mostrar, por exemplo, que, em Alagoas, os homicídios reduziram a expectativa de vida de homens negros em quatro anos.

A nota Vidas Perdidas e Racismo no Brasil aponta que, além de Alagoas, estados como o Espírito Santo e a Paraíba concentram o maior número de negros vítimas de homicídio. ““Enquanto a simples contagem da taxa de mortos por ações violentas não leva em conta o momento em que se deu a vitimização, a perda de expectativa de vida é tanto maior quanto mais jovem for a vítima”, revela o estudo.

Os autores Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, ambos da Fundação Getulio Vargas (FGV), analisaram até que ponto as diferenças nos índices de mortes violentas de negros e não negros estão relacionadas com questões como as diferenças econômicas, ao racismo e de ordem demográfica. “O componente de racismo não pode ser rejeitado para explicar o diferencial de vitimização por homicídios entre homens negros e não negros no país”, concluiram os pesquisadores da FGV.

Considerando o universo dos indivíduos vítimas de morte violenta no país entre 1996 e 2010, o estudo mostra que, para além das características socioeconômicas – escolaridade, gênero, idade e estado civil –, a cor da pele da vítima, quando preta ou parda, aumenta a probabilidade do mesmo ter sofrido homicídio em cerca de oito pontos percentuais.

“O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele”, dizem os técnicos. No estudo, eles concluem que essas discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros quando comparada aos índices do restante da população.

Coincidentemente, Alagoas, líder de mortes violentas, especialmente o homicídio, contra negros e pardos também simboliza a luta dos africanos escravizados trazidos da África, no século 19, para trabalhar nos canais. A personificação desta luta que, pelos índices apresentados no estudo do Ipea, ainda perdura é Zumbi dos Palmares. Alagoano de nascença e natural de União dos Palmares, Zumbi – duende na língua do povo Banto, de Angola – liderou o maior quilombo do país.

Aos 7 anos, em 1670, ele foi capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, responsável por sua formação. Com o passar do tempo, Zumbi, batizado na Igreja Católica com o nome de Francisco, fugiu para o Quilombo dos Palmares onde impressiona os demais escravos fugidos de fazendas de engenho pela sua habilidade em lutas. Aos 20 anos, ele já tinha se tornado o maior estrategista militar e guerreiro, responsável pela derrota imposta pelos quilombolas na luta contra soldados fiéis ao império português.

Fonte: Agência Brasil

CCJ aprova redução da pena de preso que praticar esportes regularmente

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (19), proposta que estende ao preso que praticar atividades desportivas regulares o benefício da remição de pena. O texto estabelece que, para cada 12 horas de frequência desportiva dividida, no mínimo, em seis dias alternados, a pena será diminuída em um dia. Atualmente, a Lei de Execução Penal (7.210/84) prevê a mesma redução a cada 12 horas de frequência escolar ou três dias de trabalho aos condenados em regime fechado ou semiaberto. O texto aprovado segue agora para análise do Plenário da Câmara.

O relator na CCJ, deputado Luiz Couto (PT-PB), apresentou parecer pela constitucionalidade e, no mérito, pela aprovação do Projeto de Lei 5516/13, com a emenda apresentada anteriormente na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. A proposta original é de autoria dos deputados Jô Moraes (PCdoB-MG), Paulo Teixeira (PT-SP) e Romário (PSB-RJ).

Emenda – A emenda, do deputado Amauri Teixeira (PT-BA), explicita que a prática desportiva que deve ser levada em conta para fins de remição da pena é apenas a que se submete à Lei Geral do Desporto (9.615/98). Teixeira também tornou obrigatório que a atividade seja orientada por profissional de educação física e supervisionada pela autoridade responsável pela administração do estabelecimento penal.

O texto também determina que as horas diárias de trabalho, de estudo e de desporto serão definidas de forma a se compatibilizarem para a contagem cumulativa de dias para remição, e que o preso que ficar impossibilitado, por acidente, de prosseguir com essas atividades continuará a ter o benefício.

Registro – Além disso, assim como já ocorre nos casos de trabalho e estudo, as administrações dos presídios terão de encaminhar mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estiverem exercendo prática desportiva, com informações sobre as atividades de cada um deles.

Fonte: Agência Câmara

Revista Você S/A destaca dedicação de Romário na carreira política

“Em sua nova carreira, o deputado federal Romário traz para a política o instinto de atacante que consagrou nos gramados”, foi assim que a revista Você S/A, do mês de novembro, ressaltou a dedicação de Romário à vida parlamentar, com 95% de presença nas sessões e 14 projetos de lei propostos. A publicação também destaca o faro de atacante do ex-jogador e a fé incomum no sucesso.

Para construir o perfil de Romário, a revista falou com outros deputados. O, também novato, deputado federal Jean Wyllys (PSOL – RJ), afirmou que Romário quebrou a capitania hereditária brasileira, mostrando que candidatos sem tradição na política também podem ser competentes. Enquanto a ex-prefeita de São Paulo, deputada Luiza Erundina (PSB – SP), afirmou que o relacionamento com o colega de partido não é problema, devido a sua atenção, dedicação e disposição para ajudar as pessoas.

Você S/A ainda pontuou as bandeiras defendidas pelo deputado, como melhores condições de vida para as pessoas com necessidades especiais, combate às drogas, educação, ciência e mobilidade urbana. Além da notoriedade que o parlamentar ganhou nas mídias internacionais por criticar entidades esportivas envolvidas com a Copa do Mundo de 2014.

À publicação, Romário, que foi eleito recentemente presidente do PSB do Rio de Janeiro, se considera mais ídolo do que antes por ter o trabalho reconhecido nas ruas.

Na opinião do cientista político Fernando Abrúcio, a popularidade do “Baixinho” atrai muitos eleitores. Para ele, caso Romário forme boas alianças e mantenha a qualidade do trabalho, a tendência é que chegue ao topo da pirâmide na política. Já o especialista em psicologia da educação Paulo Campos, afirma que a personalidade do deputado indica que ele tem potencial na nova profissão.

Ademar Braga, primeiro preparador físico do deputado, disse que a coragem é um traço da personalidade do Baixinho, ele também afirma que a criação dada pelos pais, Edevair e Manuela, moldou um perfil que lhe daria confiança para enfrentar obstáculos e se destacar em qualquer profissão que escolhesse.

Copa superestimada

Galera,
Para o Comitê Organizador Local da Copa 2014 (COL), “90% dos brasileiros consideram a Copa do Mundo muito importante para o país”. Tá de sacanagem, né?

Como informei aqui no site, há poucos dias aconteceu na Dinamarca a Play the Game, uma das maiores conferências sobre o esporte no mundo. Participaram mais de 300 especialistas de 38 países. Entre os sete brasileiros convidados, estava o diretor de Comunicação do COL, Saint Claire Milesi.

O tema da apresentação dele era sobre os “legados, mitos e percepções equivocadas sobre a Copa 2014”. Na cara dura, ele tentou convencer o mundo de que a Copa no Brasil tem sido injustiçada. E de tabela, ainda tentou provar que os protestos não expressam a indignação da maioria dos brasileiros em relação à organização do Mundial.

Para tentar enganar os gringos, Milesi mostrou dados já bem batidos de pesquisas fajutas e de dois estudos (Value Partners; Ernest & Young Brasil e Fundação Getúlio Vargas) encomendados pelo governo brasileiro e pela FIFA. Ele destacou inúmeros supostos benefícios para justificar o desperdício de dinheiro público e os gastos exorbitantes na preparação do megaevento.

Sobretudo, no que se refere aos impactos econômicos e aos legados que deverão (ou deveriam) ser herdados pelos brasileiros. Entre outros absurdos, disse que os ingressos não são caros e que são acessíveis aos pobres, contrariando uma declaração do próprio ministro do Esporte Aldo Rebelo a uma revista semanal.

Afirmou também que o preço do assento no Brasil será mais baixo do que nas Copas da África do Sul e do Japão/Koreia. Logo foi desmentido pelo professor Cristhopher Gaffney, da Universidade Federal Fluminense, também presente no evento.

Disse ainda que os empréstimos feitos para os estádios não são da União, querendo convencer que não há dinheiro público investido em arenas. Realmente não são. Mas ele só não revelou que alguns dos estádios foram construídos com financiamentos concedidos pelo BNDES aos estados. Portanto é sim dinheiro público, já que em algum momento os governos estaduais deverão pagar os empréstimos.

Mas a verdade é teimosa e insiste em desmentir discursos oportunistas e planilhas fraudulentas. Logo após sua apresentação, lá na Dinamarca, Milesi foi veementemente confrontado e, certo momento, questionado por um professor alemão se as manifestações nas ruas brasileiras não mostravam o contrário do que ele havia apresentado. Que vergonha!

Governo superestimou Copa

Aqui no Brasil, o professor do Instituto de Economia da Unicamp Marcelo Wheishaupt Proni e o seu orientando, Leonardo Oliveira da Silva, confrontaram os dados apresentados nos dois estudos oficiais para constatarem o óbvio: “os efeitos esperados da Copa 2014 foram superestimados nas projeções divulgadas pelo governo federal”.

Entre tantas informações desencontradas, chamou a atenção dos pesquisadores a diferença de mais de R$ 40 bilhões entre os dois estudos nas previsões de impacto sobre a circulação monetária, assim como a divergência no volume considerado investimentos programados. Eles também consideraram os números referentes à geração de empregos muito exagerados.

A conclusão consta no texto escrito pelos dois economistas para subsidiar o debate sobre os efeitos da realização da Copa do Mundo no Brasil. Ele foi publicado na página da universidade, na seção Textos para Discussão (www.eco.unicamp.br/index.php/textos).

“De modo a legitimar o volume de gastos muito elevado, os governos estaduais e federal se apoiam em estudos de impactos econômicos que superestimam os resultados esperados e alimentam altas expectativas em relação aos efeitos positivos da Copa”.

Para Marcelo Proni e Leonardo Silva, há sérios motivos para questionar essas previsões. Além da desconfiança gerada pelos interesses políticos e econômicos envolvidos, experiências anteriores têm demonstrado que as estimativas governamentais são quase sempre superestimadas.

“Alguns estudos introduzem hipóteses que simplificam demais as projeções e ignoram preceitos econômicos básicos, uma vez que suas motivações parecem estar associadas com a necessidade de convencimento da opinião pública”, completam.

Os pesquisadores vão além e acreditam que alguns estádios se tornarão, sim, “elefantes brancos”, ao contrário do que afirmam as autoridades. Segundo eles, pelo menos quatro arenas (Cuiabá, Natal, Brasília e Manaus) podem ficar subutilizadas e não gerar receitas que cubram os custos de manutenção.

Outro ponto destacado no artigo da Unicamp é que o Mundial pode até elevar o dinamismo da economia, mas ao mesmo tempo pode provocar o endividamento público e a inflação. “A Copa tem contribuído para legitimar gastos públicos na infraestrutura e estabelecer cronograma e execução dos projetos, induzindo gastos que, apesar de prioritários, poderiam ser adiados em razão de eventuais restrições econômicas. As obras não deveriam depender da Copa para serem realizadas”.

Com argumentos irrefutáveis, os pesquisadores da Unicamp ilustram o que o senso comum também já percebeu: os maiores beneficiados com a Copa do Mundo não serão os brasileiros, mas a FIFA, os grupos de comunicação, os patrocinadores e as empreiteiras.

Entra em vigor prazo de aposentadoria especial para pessoas com deficiência

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Entrou em vigor, no último sábado (9), a Lei Complementar nº 142, que reduz a idade e o tempo de contribuição à Previdência Social para a aposentadoria de pessoas com deficiência. As novas regras foram aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pela presidente Dilma Rousseff no primeiro semestre deste ano.

Com a nova lei, homens com deficiência grave passam a ter direito a aposentadoria após 25 anos de contribuição, enquanto as mulheres, depois de 20 anos. Quando a deficiência for moderada, o tempo de contribuição passa para 29 anos e 24 anos, para homens e mulheres respectivamente. Não houve redução para os portadores de deficiência leve, pois, nestes casos, não há impedimentos e dificuldades que justifiquem um tempo menor de contribuição.

“A aprovação dessa lei é uma grande conquista para a sociedade. Isso demonstra que o Brasil começou a entender que as pessoas com deficiência devem ter um tratamento especial. Apesar do preconceito que ainda existe, nós estamos conseguindo mudar a mentalidade dessas pessoas e reverter esse quadro a favor das pessoas com deficiência”, avalia ao deputado federal Romário (PSB/RJ).

A lei define ainda que, homens poderão se aposentar aos 60 anos e, mulheres aos 55 anos de idade, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido o tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. O Poder Executivo definirá as deficiências grave, moderada e leve. Caberá aos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atestarem o grau de deficiência do segurado, se filiado ou com filiação futura ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Para contar com o benefício previsto, os segurados terão de comprovar a deficiência durante todo o período de contribuição. Para aqueles que adquiriram a deficiência após a filiação ao RGPS, os tempos diminuídos serão proporcionais ao número de anos em que o trabalhador exerceu atividade com deficiência.

Com informações da Agência Brasil