Romário lança livro que revela como funciona a corrupção no futebol brasileiro

O livro “Um Olho na Bola, Outro no Cartola” traz revelações sobre como atua o crime organizado no futebol brasileiro. Do ex-jogador e senador Romário, a publicação terá seu lançamento nacional com sessão de autógrafos no próximo sábado (2), às 11h, na Bienal do livro do Rio de Janeiro. No período da tarde, Romário participa de um bate-papo sobre o livro, mediado pelo jornalista e escritor Carlos Marcelo.

A obra chega às livrarias no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a analisar as denúncias de corrupção que constam do relatório alternativo da CPI do Futebol 2015. “É um livro-documento, com provas de como os cartolas usaram e usam a Seleção Brasileira para ganhar dinheiro e desviá-lo do objetivo principal, que seria o fortalecimento do nosso futebol”, explica Romário

Em Um Olho na bola, Outro no Cartola, Romário lembra os grandes momentos de sua carreira, conta como o nascimento de sua filha caçula, Ivy, que tem síndrome de Down, mudou a sua vida e o levou à política e revela, em detalhes, todo o processo da CPI cujo objetivo, segundo ele, era colocar na cadeia quem enriqueceu ilicitamente às custas do esporte de maior apelo popular no planeta.

O parlamentar esclarece: “Minhas críticas não visam enfraquecer ou diminuir a importância da CBF. Ela é uma instituição histórica e indispensável na estrutura do esporte, mas como atleta, como cidadão e como político não posso silenciar diante do que transformaram a Seleção Brasileira, um patrimônio valioso para enriquecer espertos, disfarçados de gestores”, indigna-se Romário.

Serviço:

Bienal do Livro do Rio de Janeiro

Lançamento e sessão de autógrafos: 11h
Local: Praça Copacabana

Bate-papo: 14h
Local: Arena #semfiltro

Romário cobra regularização para a crise do Hospital Pedro Ernesto

Na tarde desta quarta-feira (09) o senador Romário (Podemos-RJ) foi à tribuna do Senado Federal cobrar providências para a grave situação financeira do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Com dois meses de atraso no pagamento de seus funcionários, a direção do hospital decidiu reduzir as internações e cirurgias eletivas. Dos 350 leitos de internação, apenas 160 estão em funcionamento; a quantidade de atendimentos ambulatoriais caiu para menos da metade e, das 10 mil cirurgias feitas todo mês, apenas três mil estão sendo realizadas.

“O Hospital Pedro Ernesto é um dos principais centros de atendimento aos pacientes com câncer. São 4 mil cirurgias oncológicas realizadas por ano que estão ameaçadas”, disse o senador.

De acordo com Romário, a falta de recursos públicos para a saúde no Rio de Janeiro se agravou com a corrupção. E alertou que, se nada for feito, o hospital poderá fechar as portas, colocando quase 800 pacientes em risco de morte. “A situação já se arrasta por quase dois anos e a população está cada vez mais prejudicada. A corrupção mata e, infelizmente nossa população está descobrindo isso da pior maneira possível”, afirmou Romário.

Para o parlamentar o débito de R$20 milhões para regularizar o funcionamento do hospital é pequeno, se comparado à quantia desviada pela corrupção. “Até agora, as investigações identificaram o desvio de mais de 300 milhões de reais no governo passado do Rio de Janeiro, que sumiram no ralo da corrupção. Dinheiro que Sérgio Cabral transformou em, em parte, em joias caras”, disse o senador, indignado.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado