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“Um deficiente estimulado se torna supereficiente”, afirma Maurício de Sousa

Publicado em 03 de dezembro de 2014 às 13:38

O senador eleito Romário Faria (PSB-RJ) e o cartunista Maurício de Sousa participaram nesta quarta-feira, da 8° Semana da Valorização da Pessoa com Deficiência no Senado Federal. Com uma platéia de estudantes de escolas públicas de Brasília, o tetra-campeão mundial de futebol e o criador da Turma da Mônica falaram sobre a importância da inclusão na data que marca o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Os personagens criados por Maurício de Sousa habitam o imaginário de muitas gerações no Brasil. A protagonista Mônica, hoje com 50 anos, sempre ajudou crianças e jovens a lidarem com críticas e brincadeiras infantis. Os apelidos de “gorducha, baixinha e dentunça” já renderam muitas coelhadas ao levado Cebolinha. Após alguns anos, o desenhista avaliou que era um contra-senso não ter entre seus personagens as crianças com deficiência. Foi, então, que surgiram gradativamente os personagens Humberto (surdo), Dorinha (cega), Luca (cadeirante), Tati (síndrome de Down) e mais recente, o André (autista). “Sempre quisemos fazer o desenho muito próximo a realidade da vida e todos nós tivemos amiguinhos com algum tipo de deficiência”, defendeu o cartunista, que diz ter se inspirado nos atletas paralímpicos na hora da criação. Ele ainda afirmou que“um deficiente estimulado se torna supereficiente”.

Na avaliação de Romário, os personagens criados por Maurício são fruto de seu engajamento com a causa. “Ele é um dos melhores cartunistas do país. Uma pessoa que sempre atende aos pedidos de ajuda. Ele demonstra sua preocupação com nossa sociedade e mostra, com os personagens, a importância da inclusão”, avalia o senador.

Romário falou de seus projetos para as pessoas com deficiência e declarou que a Copa foi uma oportunidade perdida de promover a acessibilidade, no país.