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Síndrome de Down: eles querem igualdade

Publicado em 19 de março de 2015 às 19:24

“Posso ser artista porque tenho sensibilidade. Posso estudar porque sou capaz de aprender”. Os cartazes dos alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) deram o tom do ato em homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down, realizado nesta quinta-feira (19) pelo senador Romário (PSB-RJ).

O evento reuniu autoridades, pais, associações e pessoas com síndrome de Down. Um grupo de música e dois grupos de teatro da Apae apresentaram o trabalho que realizam na área cultural com os alunos. Já o judoca e ator Bruno Viola falou sobre inclusão a partir do esporte e realizou uma demonstração de judô com o colega Yves Dupont.

A professora da Apae de Brasília Kaká Taciano explica como o trabalho cultural com os alunos auxilia no desenvolvimento motor e principalmente na inclusão dos aprendizes. “O trabalho com o teatro interfere principalmente na qualidade de vida. É uma forma que a gente encontrou de lidar contra o preconceito. De enfrentá-lo”, explica.

Outro benefício da inclusão social, segundo a professora, é no desenvolvimento motor e sociável do aprendiz. “Eles inicial as atividades às vezes muito tímidos, retraídos, e vão se abrindo ao longo do tempo. O único problema que temos é que precisamos e mais investimento para ampliar as atividades. Por isso estamos aqui hoje”, conta.

Faixa preta em judô desde 2002, Breno Viola, vai além. Ele defende a escola e atividades inclusivas desde os primeiros anos. “Eu treino de igual para igual. Nunca fui tratado diferente por professores, por colegas”, conta.