Brasília – Em audiência pública na Câmara dos Deputados com o ministro do Esporte Aldo Rebelo, nesta quarta feira (19), o senador eleito, Romário Faria, afirmou que os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não são confiáveis para gerir o dinheiro doado pela FIFA como fundo de legado da Copa do Mundo. A entidade fará um repasse de 100 milhões de dólares ao país.

Romário questionou porque o Ministério do Esporte não participa da gestão dos recursos e declarou que há risco do repasse ser usado para finalidades não previstas. “Essas pessoas não são confiáveis para cuidar do dinheiro deles, muito menos para cuidar do dinheiro dos outros. Este pode ser mais um negócio para algumas pessoas enriquecerem ilicitamente”, disse Romário ao ministro.

Aldo Rebelo contou que, na última semana, esteve na sede da FIFA na Suíça e um dos assuntos tratados foi este. De acordo com ele, do montante de total destinados ao Brasil, 80% deve ser alocado em infraestrutura e 20% será destinado aos projetos ligados ao futebol feminino. O ministro também respondeu que não há interesse do Governo em administrar os recursos, porém ele sugeriu à FIFA que os repasses sejam combinados com projetos do Governo para potencializar as ações.

A CBF já anunciou a construção de 20 centros de treinamento no País em cidades que não receberam jogos do mundial. Os recursos serão repassados de forma gradual.