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Protestos: FIFA acredita que Copa no Brasil será maior desafio da entidade

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 22:15

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(Foto: Thomas Søndergaard/Play the Game).

“A Copa do Mundo no Brasil será o maior desafio da FIFA”, afirmou o diretor de comunicação da entidade que comanda o futebol mundial, Walter de Gregório, nesta quarta (30). A declaração foi dada em reposta a um jornalista que questionou como a FIFA vai proceder diante dos protestos na sede da Copa de 2014, na conferência Play The Game, na Dinamarca.

“Ficamos surpresos assim como muitos brasileiros ficaram, mas investimos muito. Os black blocks não terão sucesso e serão contidos se tentarem invadir qualquer jogo da Copa”, completou sem esconder que a entidade tem acompanhado de perto as manifestações. A FIFA justificou a resposta com base em informações de que os mascarados ameaçam paralisar uma das partidas durante o mundial de futebol.

Walter de Gregório disse ainda que a Copa do Mundo será um bom momento para ajudar ou atrapalhar as eleições que acontecerão três meses após a competição. Muitos palestrantes acreditam que a oposição dos brasileiros aos gastos públicos nos megaeventos acontecerá com mais vigor em 2014.

Os conferencistas avaliam ainda que, pela primeira vez na história de um mundial, a população do país anfitrião pode se tornar a arma mais poderosa contra os desmandos da FIFA. “O Brasil está percebendo que a vantagem de sediar um grande evento pode se tornar uma desvantagem”, declarou Mark Pieth, presidente do Comitê Independente de Gestão da FIFA.

O encerramento do evento, nesta quinta-feira (31), promete esquentar. No painel, Megaeventos e Democracia: o Desafio Brasileiro, são esperados o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, o diretor de comunicação do Comitê Organizador Local da Copa 2014, Saint-Clair Milesi, o auditor da Controladoria Geral da União, Brenno de Souza, a professora da USP, Kátia Rúbio, e o repórter investigativo britânico Andrew Jennings.