Perto de 100 dias de gestão, Crivella é alvo de duras críticas de Romário
Publicado em 06 de abril de 2017 às 13:32
Na manhã desta quinta-feira (6), o senador Romário (PSB-RJ) foi ao Plenário do Senado Federal criticar a má gestão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Em três meses de mandato, o prefeito fez cortes no orçamento da saúde, nomeou mortos e quer aumentar impostos para aposentados.
O senador iniciou seu discurso lembrando dos acidentes ocorrido durante o carnaval, no Sambódromo do Rio de Janeiro, com 32 pessoas feridas, algumas em estado grave. “Crivella não deu as caras durante todo o carnaval. Pela primeira vez em trinta anos, o prefeito não compareceu à abertura do evento. Entregou a cidade na mão de seus assessores, e nem mesmo a série de acidentes o fizeram aparecer no sambódromo”, relatou Romário.
De acordo com o senador, de 1º de janeiro até a data de hoje, Crivella coleciona trapalhadas. “Após a tentativa de nomear seu filho como Secretário da Casa Civil, que foi barrado pela justiça, nomeou dois mortos, um para a RioTur e outro para a Secretaria de Esportes e Lazer”, lembrou. Outra polêmica recordada pelo parlamentar foi a nomeação de Guilherme Freixo como assessor da Casa Civil do Rio de Janeiro. Guilherme é irmão de Freixo, adversário de Crivella durante o segundo turno das eleições de 2016.
O descaso com as 22 vilas olímpicas também foi alvo de críticas do senador. “Das 22 vilas olímpicas, apenas dez estão funcionando. As outras doze fecharam as portas, depois que os contratos terminaram e não foram renovados, no final do ano passado. Mais uma vez, a falta de planejamento, poucos meses após a Olimpíada, ameaça o futuro da nova geração de atletas”, afirma Romário.
O parlamentar carioca também criticou o projeto de lei que o prefeito enviou à Câmara de Vereadores, para reduzir de 5% para 2% o Imposto Sobre Serviço, cobrado das operadoras de cartão de crédito, ao mesmo tempo em que cortou o orçamento da saúde em R$547 milhões e diz estar estudando uma proposta para cobrar 11% de contribuição dos aposentados e pensionistas do município. O prefeito alega não ter dinheiro para custear pensões e aposentadorias.
Enquanto isso, a “verba do gabinete do prefeito aumentou de R$42,9 milhões para R$262,9 milhões e seus assessores diretos recebem super salários. O presidente da RioLuz recebe mais de R$35 mil, o Secretário da Casa Civil mais de R$32 mil e a Secretária de Fazenda mais de R$30 mil”, apontou.
O senador avalia a gestão do prefeito entre ruim e péssima. “Infelizmente Marcelo Crivella se revelou um péssimo administrador. O pior prefeito que a minha cidade teve nos últimos anos. E o pior de tudo é que eu também acreditei, e por isso ajudei a elegê-lo, pedindo voto para ele. Esse aí me enganou e se revelou um mal caráter, mentiroso e safado”, finalizou o senador Romário.
Foto: Rafael Nunes