Governo deve criar Agência Reguladora do Futebol
Publicado em 04 de fevereiro de 2015 às 13:03
O Grupo de Trabalho Interministerial que vai propor a Medida Provisória das Dívidas dos Clubes incluiu no texto a criação de uma Agência Reguladora do Futebol. A decisão foi tomada nesta terça-feira (3), durante a última reunião do grupo, que conta ainda com membros jornalistas e do Bom Senso. Para o senador Romário (PSB-RJ), a ideia é boa mas deveria ser ampliada para regular todos os esportes. O parlamentar também questionou qual será o orçamento da agência e de onde virão os recursos. Leia o texto publicado nas redes sociais:
“Uma das decisões do grupo de trabalho que debate a Medida Provisória da Dívida dos Clubes é a criação de uma Agência Reguladora do Futebol. A proposta parece interessante, mas requer que nos debrucemos sobre algumas questões. Uma delas é: não seria ideal termos uma Agência Reguladora do Desporto? Os problemas de má gestão, falta de transparência e atrasos em salários de atletas se repetem em quase todas as modalidades esportivas. Vale lembrar ainda que vamos sediar uma Olimpíada no próximo ano. Outros pontos que devem ser esclarecidos é qual será o orçamento e de onde virá o montante, qual será o corpo técnico e como a independência da agência será mantida livre de pressões de clubes, entidades esportivas e até mesmo do Governo.
Ponderadas essas questões, vejo com bons olhos a ideia. O futebol gera renda, emprego, movimenta a economia e mexe com a emoção do brasileiro. O esporte mais amado do Brasil está morrendo sufocado em dívidas de aproximadamente R$ 4 bilhões com o Governo, sem contar os empréstimos bancários.
O Governo precisa estender a mão com o parcelamento total da dívida, que exige uma contrapartida de boa gestão, transparência e adimplência. Hoje, a CBF, que manda e desmanda em nosso futebol, não aplicaria sanção a nenhum clube que não honre o parcelamento com o Governo ou que não esteja com a folha de pagamento em dia. A agência terá esta função, o que não pode acontecer é a agência se transformar em mais um órgão do Governo que nada resolve, só gera custos. Porém, se funcionar, eu apoio”.