CPI do Futebol aprova convite ao coronel Nunes e quebra novos sigilos bancários
Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 17:45
Brasília – A CPI do Futebol retomou os trabalhos nesta quarta-feira (17) e aprovou um convite ao novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), coronel Nunes, para depor. A pauta de hoje também avançou na quebra de sigilos bancário e fiscal de funcionários, ex-funcionários e de parceiros comerciais da entidade.
Ao iniciar a reunião, o presidente da CPI, senador Romário (PSB-RJ), fez um apelo para que os senadores apoiassem as investigações. “Há cerca de três meses apresentei a todos os senhores os primeiros resultados do exaustivo trabalho de nossa equipe de investigação, extraídos, sobretudo, das transferências de informações bancárias e fiscais de dois dos principais investigados, os senhores Marco Polo Del Nero e Wagner Abrahão. Desses resultados preliminares, ficou evidente a necessidade de avanço nas quebras de sigilo dos demais envolvidos em negócios escusos e falcatruas envolvendo a CBF”, pediu.
As quebras de sigilo alcançam a antiga gestão do ex-presidente Ricardo Teixeira, como a do ex-secretário geral da entidade, Júlio César Avelleda, do ex-diretor financeiro, Antônio Osório Ribeiro e do ex-tesoureiro, Ariberto Pereira dos Santos. Para Romário, autor dos requerimentos, os três ex-funcionários são figuras centrais nas investigações da CPI. “Eles tinham conhecimento de todas as operações financeiras realizadas pela entidade máxima do futebol, logo eles estão ligados, de maneira bastante direta e clara, às suspeitas de desvios e irregularidades praticadas na gestão do nosso futebol”, declara o senador.
O atual diretor-executivo da entidade, Rogério Cabloco também teve os sigilos quebrados, além de uma longa lista de pessoas e empresas: Júlio César Avelleda, Carolina Galan dos Santos e Lilian Cristina Martins, Jat Imóveis Administradora de Bens Ltda e Atena Operadora Turística Ltda.
Retiradas – Outros requerimentos que estavam na pauta não foram apreciados a pedido de alguns senadores. Entre eles os que pediam acesso ao contrato social e às informações bancárias e fiscais da empresa Klefer e do empresário, ex-presidente do Flamengo, Kleber Leite. Outro requerimento retirado de pauta foi o que pedia a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Ângelo Frederico Verospi.