Protestos: FIFA acredita que Copa no Brasil será maior desafio da entidade

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(Foto: Thomas Søndergaard/Play the Game).

“A Copa do Mundo no Brasil será o maior desafio da FIFA”, afirmou o diretor de comunicação da entidade que comanda o futebol mundial, Walter de Gregório, nesta quarta (30). A declaração foi dada em reposta a um jornalista que questionou como a FIFA vai proceder diante dos protestos na sede da Copa de 2014, na conferência Play The Game, na Dinamarca.

“Ficamos surpresos assim como muitos brasileiros ficaram, mas investimos muito. Os black blocks não terão sucesso e serão contidos se tentarem invadir qualquer jogo da Copa”, completou sem esconder que a entidade tem acompanhado de perto as manifestações. A FIFA justificou a resposta com base em informações de que os mascarados ameaçam paralisar uma das partidas durante o mundial de futebol.

Walter de Gregório disse ainda que a Copa do Mundo será um bom momento para ajudar ou atrapalhar as eleições que acontecerão três meses após a competição. Muitos palestrantes acreditam que a oposição dos brasileiros aos gastos públicos nos megaeventos acontecerá com mais vigor em 2014.

Os conferencistas avaliam ainda que, pela primeira vez na história de um mundial, a população do país anfitrião pode se tornar a arma mais poderosa contra os desmandos da FIFA. “O Brasil está percebendo que a vantagem de sediar um grande evento pode se tornar uma desvantagem”, declarou Mark Pieth, presidente do Comitê Independente de Gestão da FIFA.

O encerramento do evento, nesta quinta-feira (31), promete esquentar. No painel, Megaeventos e Democracia: o Desafio Brasileiro, são esperados o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, o diretor de comunicação do Comitê Organizador Local da Copa 2014, Saint-Clair Milesi, o auditor da Controladoria Geral da União, Brenno de Souza, a professora da USP, Kátia Rúbio, e o repórter investigativo britânico Andrew Jennings.

Ação reúne Romário e Oba Oba Samba House em show para pessoas com deficiência

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O deputado federal Romário (PSB-RJ) participou nesta segunda-feira (28) de uma ação cultural na Obra Social Dona Meca, entidade do Rio de Janeiro que oferece serviços de saúde gratuitos às pessoas com deficiência. O parlamentar foi convidado pelo grupo Oba Oba Samba House. Esta é a segunda ação dos artistas voltada para pessoas com deficiência, recentemente, a banda lançou o clipe da música “Nem Mais, Nem Menos”, estrelado por um casal com síndrome de Down.

“Cada vez mais, vemos artistas se engajando no inclusão de pessoas com deficiência. Esta ação é muito importante, assim vamos comprovando que eles podem ter uma vida normal e seguiremos quebrando preconceitos”, afirmou Romário.

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Aproximadamente 200 pessoas assistiram ao show de 40 minutos, Romário tocou e dançou com os alunos e o grupo. A presidente da entidade, Rosângela Chacon, elogiou a ação. “O evento foi maravilhoso, o grupo é muito alegre e Romário está cada dia mais sensível e integrado à causa. Houve muita tietagem”, declarou.

Durante o evento, Romário recebeu um certificado de agradecimento pelo trabalho que ele tem desenvolvido na Câmara dos Deputados. “Ao longo de três anos, Romário evoluiu muito. Ele está mais maduro e consciente de que o Estado é omisso em relação às pessoas com deficiência. Às vezes ele se sente imobilizado com o sistema político, mas tem brigado e buscado meios para realizar”, elogiou a presidente da Obra Social Dona Meca. O parlamentar se emocionou com a homenagem.

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Vídeo – A ação foi organizada pela Sony Music e, além do show, o grupo colheu o depoimento dos presentes. O vídeo será divulgado em breve nas redes sociais da banda e do Romário.

Letícia Alcântara
Assessora de Comunicação
Deputado Federal Romário

Play the Game: conferência mundial discute democracia no esporte

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(Foto: Thomas Søndergaard/Play the Game)

Começou nesta segunda-feira (28), uma das maiores conferências mundiais sobre esporte, organizada pela respeitada entidade dinamarquesa Play The Game. O tema deste ano é Intensificando a Democracia no Esporte e acontece em Aarhus, na Dinamarca, até o dia 31. A instituição é minha parceira há dois anos e fui convidado para participar, mas a minha agenda legislativa não permitiu. Eu falaria sobre o acompanhamento que tenho feito dos gastos públicos com a Copa 2014 e com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

Alguns dos maiores especialistas de vários setores do esporte apresentarão propostas e participarão de debates visando melhorar a gestão esportiva ao redor do planeta. Como o Brasil é a próxima sede da Copa do Mundo, devemos ficar ligado no que vai ser discutido nesse encontro internacional. Os caras vão falar, entre outras coisas, sobre doping, partidas de futebol arranjadas, leis do esporte, gestão e, claro, megaeventos e seus potenciais legados. Acompanhe pelo site: www.playthegame.org

A organização convidou mais de 200 expositores, de 39 países. Entre eles, sete brasileiros estarão presentes. Os mais esperados, no entanto, são o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, e o diretor de comunicação do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014, Saint Clair Milesi.

Os dois, ao lado do meu amigo, o jornalista britânico Andrew Jennings, do representante da Controladoria Geral da União, Bruno de Souza, e da professora da USP Kátia Rúbio, farão parte do painel Mega eventos e Democracia: o Desafio Brasileiro, na quinta-feira (31).

Muito legal que as autoridades brasileiras responsáveis pela organização dos megaeventos esportivos tenham sido convidadas e, principalmente, que não tenham fugido do diálogo. Espero que eles levem os números exatos e informações precisas à Dinamarca pois, apesar da distância, estarei acompanhando e confrontarei qualquer dado manipulado e irreal.

Devemos ficar atentos também porque vai rolar a participação inédita da FIFA na conferência. Desde 1997, é a primeira vez que a entidade envia um representante para participar da mesa de debates. O diretor de comunicação, Walter de Gregório, vai falar sobre o processo de reforma da FIFA. Só vendo mesmo pra acreditar que a toda poderosa entidade que comanda o futebol mundial vai mudar um dia. Mas vamos aguardar e acompanhar para ver o que o cara tem pra dizer.

Como não poderia ser diferente o Brasil tem sido um dos principais assuntos na conferência. Em seu discurso de abertura, o diretor do Instituto Play the Game, Jens Andersen, que organiza o encontro, se referiu ao nosso país diversas vezes e lembrou a grande responsabilidade que é sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

“Os protestos populares contra a corrupção no Brasil nos últimos tempos, mostra que o país que vai sediar os próximos megaeventos esportivos, inegavelmente, vem desempenhando um papel de liderança no cenário mundial ao quebrar o silêncio fúnebre que dominou a política esportiva por tantas décadas”, disse.

Concordo com ele. Nós precisamos aproveitar essa oportunidade para mudar o sistema esportivo em geral. De que maneira? Cobrando mais transparência nos investimentos com dinheiro público, mais democracia nas eleições das federações, confederações e comitê olímpico, e o uso mais responsável e sustentável das estruturas construídas para receber os megaeventos. Segundo Jens Andersen, sem essas garantias, as organizações esportivas permanecerão como parte do problema ao invés de ser tornarem os responsáveis por apresentar a solução.

E, assim como eu tenho repetido inúmeras vezes desde que tomei posse na Câmara dos Deputados, Jens também sugeriu que a mudança deve começar com uma melhor gestão no esporte e com o combate incansável contra a corrupção. E anunciou, logo na abertura da conferência, o lançamento de um importantíssimo projeto para melhorar a administração nas organizações esportivas internacionais.

Romário

Em audiência com Romário, ONG de Doenças Raras pede ampliação do teste do pezinho

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Romário recebeu o livro Doenças Raras de A a Z do paciente de mulcopolissacaridose de Luís Eduardo Próspero.

O deputado federal Romário recebeu, nesta quarta-feira (23), em seu gabinete membros da Associação Paulista de Mulcopolissacaridose – Doenças Raras (APMPS – DR). Na reunião, os membros da ONG pediram o apoio de Romário na ampliação do teste do pezinho. O objetivo é diagnosticar o maior número possível de doenças raras no exame neonatal, que é realizado a partir do sangue retirado do calcanhar do recém-nascido. O parlamentar fará a sugestão ao Ministério da Saúde.

Hoje, no Brasil, o exame já diagnostica até seis tipos de doenças raras. De acordo com Regina Próspero, este número pode ser ampliado. “Em algumas regiões do País, como norte e nordeste, o exame detecta apenas uma ou duas doenças raras, enquanto no exterior já é possível identificar até 53 doenças”, explica.

A ONG aponta que na rede privada o exame ampliado custa R$ 280. No serviço público, realizado em grande escala, deverá custar R$ 50, ou menos. Romário acredita que, a longo prazo, a medida será uma economia para o Governo, pois algumas doenças, com o tratamento adequado, podem ser curadas ou ter seus sintomas amenizados.

A ONG aproveitou a reunião para presentear Romário com o livro Doenças Raras de A a Z, que disserta sobre o tratamento de 74 tipos de doenças raras. A publicação será distribuída aos médicos da assistência básica de saúde. O deputado recebeu o livro das mãos do paciente de mulcopolissacaridose Luís Eduardo Próspero, de 23 anos.

Nesta quinta-feira (24), uma audiência pública na Comissão de Seguridade Social vai debater o tema. A reunião será às 9h.

Na conta da FIFA: Ministério Público propõe ações para evitar gasto de R$ 1,2 bi pela União

Em atuação preventiva, procuradores que integram o Grupo de Trabalho Copa do Mundo querem impedir pagamento de estruturas temporárias e de serviços para transmissão de jogos com dinheiro público

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) propôs duas ações à Justiça para evitar que União, estados e municípios paguem a conta de gastos com estruturas temporárias e serviços de telecomunicações para a realização da Copa do Mundo de 2014. A medida pode gerar uma economia de quase R$1,2 bilhão ao país. Segundo o órgão, esse tipo de despesa – que não tem interesse público e não deixará qualquer legado à população brasileira – deve ser bancada pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local.

Em síntese, os procuradores alegam que não há interesse público no custeio de produtos e serviços transitórios, destinados exclusivamente à realização de um evento que é privado. Fazem parte deste grupo, por exemplo, gastos com assentos temporários, tendas, plataformas, passarelas, cercas, iluminação, cabos, mobiliário, divisórias e preparação de piso. Itens que serão desmobilizados após a Copa, sem deixar benefícios à sociedade.

O mesmo vale para os serviços de transmissão dos jogos. “Há interesse público no pagamento destes serviços, se a Fifa é a única detentora dos direitos de transmissão do evento e os comercializa a preços milionários?”, questionam os procuradores na ação judicial.

A hipótese, segundo eles, é completamente diversa dos gastos realizados pelo governo para oferecer infraestrutura ao evento, como obras de mobilidade urbana, redes de comunicação, portos e aeroportos, por exemplo. Nesse caso, ainda que os investimentos e projetos tenham sido idealizados, incentivados ou otimizados em razão da Copa, eles trarão melhorias ao país e aos cidadãos, defende o MPF.

Processos – A primeira ação do MP Federal foi proposta no início de setembro e tem como réus, além da União, Fifa e Comitê Organizador Brasileiro, o Distrito Federal e os 12 estados e municípios que sediarão os jogos da Copa: Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo principal é impedir que estruturas temporárias da competição sejam arcadas com dinheiro público.

Só na Copa das Confederações, esse tipo de gasto consumiu R$ 229,7 milhões. Seis ações dos MPs locais cobram a conta na Justiça, em atuação articulada com o Ministério Público Federal. Para a Copa do Mundo, a previsão é que o gasto chegue a R$ 1 bi.

A ação do MPF narra que o compromisso de custeio das estruturas temporárias pelo Poder Público foi exigido pela Fifa três meses antes de a entidade anunciar as cidades-sedes escolhidas, já em 2009. A obrigação não constava na versão original do Contrato de Estádio. Tratou-se, portanto, de termo aditivo imposto pela Fifa sem qualquer possibilidade de discussão pelos signatários, afirma o órgão.

A segunda ação do MP Federal foi ajuizada em 16 de outubro e questiona o pagamento dos serviços para transmissão dos jogos com dinheiro público. São réus a União, a Fifa, o Comitê Organizador Local e a Telebrás. A justificativa é a mesma: ausência de finalidade pública, já que o serviço atende a interesse exclusivamente privado da Federação Internacional de Futebol.

O MPF relata que a própria União, em 2011, defendia o entendimento de que não seria responsabilidade do governo federal arcar com os custos dos serviços de telecomunicações para a Copa. Contudo, em janeiro de 2013 acabou cedendo às pressões e imposições da Federação.

Além da atuação preventiva em relação à Copa do Mundo de 2014, os procuradores querem o ressarcimento dos valores assumidos pela União em relação à Copa das Confederações, cerca de R$ 33,4 milhões. A ação questiona dois contratos firmados pelo Ministério das Comunicações com a Telebrás para fornecimento de serviços de transporte de dados para transmissão de áudio e vídeo e para os provedores de serviços de TI e de mídia durante o evento, realizado em junho de 2013.

Em medida liminar, o órgão pede que o pagamento seja depositado em juízo até a conclusão definitiva do processo. Para a Copa do Mundo, a estimativa de gastos para a transmissão das 64 partidas previstas é de R$ 130 milhões, valor que deve ser arcado pelos organizadores do evento, defende o MPF.

Fonte: Site do Ministério Público

Romário adia novamente reunião com o grupo Bom Senso FC

O deputado federal Romário desmarcou, nesta terça-feira, a audiência pública que aconteceria no próximo dia 28 para tratar do calendário do futebol brasieliro. A decisão foi tomada depois da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcar uma reunião na mesma data e horário com os jogadores do grupo Bom Senso FC.

Embora os jogadores tenham decidido enviar representantes para as duas reuniões, Romário avalia que ambas sairiam enfraquecidas. Leia o que o parlamentar declarou sobre o assunto:

“Muitos podem encarar como negativo o fato da CBF ter marcado uma reunião no mesmo dia e horário de uma audiência na Câmara para debater o calendário de jogos. Muito pelo contrário, ficou claro que a vigilância da Câmara e deste deputado deu forçar ao pleito dos jogadores.

Todos nós queremos que os objetivos do grupo Bom Senso FC, que tem um claro desejo de tornar o esporte melhor, seja atingido. Por este motivo, não faremos a audiência neste dia 28.

Mas, conforme conversei com alguns jogadores, a audiência deve acontecer em outra data. Afinal, esta Casa tem por dever acompanhar este assunto que trata de questões trabalhistas.

Para o bem do nosso futebol, esperamos ansiosos o resultado da reunião da CBF!”

Audiência com jogadores será realizada no dia 28

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Por iniciativa do deputado federal Romário (PSB-RJ), a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados vai debater, no próximo dia 28, o calendário do futebol nacional de 2014, apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Atletas, representantes da CBF, da TV Globo e do Ministério do Trabalho foram convidados para a audiência, que será às 14h30. A audiência estava marcada para o dia 21, mas foi alterada a pedido dos jogadores.

Além do calendário, outros assuntos que devem entrar na pauta são: férias, período de pré-temporada, fair play financeiro, garantias trabalhistas e participação dos atletas nos conselhos técnicos das entidades de administração desportiva que regem a atividade. Os pontos foram apresentados pelo grupo Bom Senso FC, que reúne jogadores profissionais.

Para Romário, o tema deve ser discutido em um ambiente democrático, onde os torcedores também possam acompanhar a discussão. “O ambiente propício para esta troca de ideias, que visa melhorar o esporte mais amado pelo brasileiro, é a Câmara dos Deputados. Mas não só por isso, temos que lembrar que o calendário proposto fere leis trabalhistas”, declarou. Na última segunda-feira, uma comissão de atletas apresentou um dossiê ao presidente da CBF, José Maria Marín. Ele ainda não se pronunciou sobre os pontos levantados.

Para a reunião do dia 28, foram convidados o Diretor de Competições da CBF, Virgílio Elísio; o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Torcedores, Toninho Nascimento; o presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, Alfredo Sampaio; a Consultora Jurídica do Ministério do Trabalho e Emprego, Cacilda Lanuza da Rocha Duque; e os atletas: Paulo André Benini e Alexandre Rodrigues da Silva (Corinthians), José Roberto da Silva Júnior (Grêmio), Alex de Souza (Coritiba), Rogério Ceni (São Paulo) e Diego Cavalieri (Fluminense). Um representante da TV Globo também será convidado.

Comissão aprova concessão de Bolsa-Atleta a guias de esportistas deficientes visuais

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Romário acredita que a Bolsa-Atleta tem sido um incentivo relevante para impulsionar o esporte paraolímpico.

A Comissão de Turismo e Desporto aprovou, neste mês de outubro, o Projeto de Lei 5372/13, da deputada Sandra Rosado (PSB-RN), que permite a concessão de Bolsa-Atleta aos atletas-guia que competem e treinam junto com os atletas paraolímpicos com deficiência visual das categorias T11 e T12.

O projeto altera a Lei 10.891/04, que prevê bolsas mensais para os atletas paraolímpicos de R$ 1.850 a R$ 15 mil, dependendo dos resultados obtidos por eles.

A categoria T11 engloba desde os atletas totalmente privados da percepção da luz aos que a percebem, mas são incapazes de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou em qualquer direção, o que os faz sempre depender de atletas-guia durante treinos e competições.
Já na categoria T12, apenas alguns são auxiliados por atletas-guia. Nela estão desde atletas com a capacidade de reconhecer o formato de uma mão àqueles com acuidade visual de 6/60 e/ou com campo visual maior do que 5º e menor do que 20º.

A proposta define, como requisito necessário para a concessão do benefício aos atletas-guia, a comprovação do período mínimo de 12 meses de treinamento. A ideia, segundo a autora, é “evitar oportunismos”. O atleta-guia da categoria T12 deverá, adicionalmente, apresentar documento fornecido por entidade de prática desportiva comprovando que o atleta com o qual compete necessita de atleta-guia. A definição da categoria da bolsa do guia dependerá de avaliação dos resultados do atleta paraolímpico.

O parecer do relator, deputado Romário (PSB-RJ), foi favorável ao projeto. “Esse incentivo tem se mostrado relevante política pública para impulsionar o desporto paraolímpico do País”, disse. “Dos 182 atletas que defenderam a bandeira brasileira nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, 156 treinavam com o apoio do Programa Bolsa-Atleta”, complementou. Ele considera necessária a inclusão dos atletas-guias como possíveis beneficiários do incentivo.

De acordo com Romário, muitos atletas-guia trabalham como voluntários. Ou seja, têm outras atividades e apoiam os paraolímpicos nas horas vagas. Com a mudança, ele acredita que eles poderão se dedicar integralmente à atividade. Atualmente, em casos mais extremos, os atletas deficientes visuais dividem a bolsa com seus guias.

Tramitação – Agora a proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Aprovado nestas comissões, será analisado no Senado.

Sancionada MP que limita o tempo de mandato de dirigentes esportivos

A Medida Provisória 620, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada na edição desta quarta-feira (16) do Diário Oficial da União, limita em oito anos, com direito a uma reeleição na metade do período, o mandato de dirigentes em entidades do esporte brasileiro. O texto sancionado por Dilma estabelece ainda que as entidades terão que prestar contas, em meios eletrônicos, sobre dados econômicos e financeiros, contratos, patrocínios, direitos de imagem e outros aspectos de gestão. Além disso, elas precisam ainda dar aos atletas vinculados direito a voto e participação na direção. As novas regras entram em vigor em abril de 2014.

As entidades vinculadas ao Sistema Nacional do Desporto terão de se adequar a nova medida dentro do prazo estabelecido para receber recursos públicos do governo federal, tanto de forma direta como indireta. Os mandatos de dirigentes eleitos antes da vigência da lei serão respeitados. O Ministério do Esporte ficará responsável pelo cumprimento das exigências desta MP.

O deputado federal Romário, que tem lutando por gestões profissionais no esporte, comemorou sanção do texto, mas lamentou que a medida não atinja a Confederação Brasileira de Futebol. “Infelizmente a CBF fica de fora da nova regra, porque eles não recebem recursos públicos”, declarou.

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Romário em audiência no Senado com Cristovam Buarque e ex-atletas.

Rendimento de atletas brasileiros nas Olimpíadas de Londres gerou crise

O baixo desempenho dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Londres acendeu uma luz vermelha na gestão do esporte no Brasil. Apesar do Comitê Olímpico Brasileiro COB) ter recebido R$ 100 milhões a mais para preparar os atletas, em relação à Olimpíada de Pequim, o desempenho da delegação brasileira ficou abaixo do esperado. Foram 15 medalhas, em 2008, e 17, em 2012. Para piorar o quadro, alguns atletas medalhistas não foram patrocinados pelo Governo.

O fato é que a crise levantou uma série de discussões sobre as gestões esportivas no País. O problema mais apontado por autoridades e atletas é a falta de alternância nos cargos de gerência das federações e confederações. Para o senador Cristovam Buarque, a falta de democracia nessas entidades é nociva ao esporte. “Cria-se uma confusão entre a pessoa e a entidade. Há entidades que não parecem mais entidades, mas o quintal de alguns dirigentes”, observa. Um dos casos mais emblemáticos é do próprio presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, em 2016, ele completará 21 anos a frente da Confederação.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a anunciar que editaria uma portaria para impedir o repasse de recursos públicos a entidades sem alternância de poder. Porém, não levou a ideia adiante, justificou que não haveria tempo hábil. Em reação a atitude do ministro, Romário soltou uma nota e pediu que ele não recuasse. A atitude de Romário gerou um efeito cascata e vários atletas e ex-atletas fizeram coro com o Baixinho. Raí (fuebol), Ana Moser (vôlei), Hortência (basquete) e Lars Grael (vela) foram alguns que se manifestaram em nome da associação Atletas pela Cidadania. Este ano, o grupo de atletas sugeriu uma emenda à MP 620, que foi apresentado no Senado e aprovada no Congresso Nacional.

Movimentos sociais intensificam protestos contra leilão do Campo de Libra

Fonte: Agência Brasil

Brasília – Organizações sociais e sindicais contrárias ao leilão dos blocos de exploração do pré-sal prometem intensificar os protestos e os recursos à Justiça para impedir que o Campo de Libra seja leiloado na próxima segunda-feira (21), data que foi confirmada hoje pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Ontem (16), funcionários da Petrobras e subsidiárias entraram em greve por tempo indeterminado, e hoje manifestantes ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Via Campesina ocuparam o prédio do Ministério de Minas e Energia, onde também funciona o Ministério dos Transportes. Os dois episódios fazem parte da mobilização contra o que os movimentos sociais classificam como “a privatização de um tesouro de trilhões de dólares no fundo do mar”.

Para os movimentos sociais contrários à iniciativa federal, o leilão, mesmo que em regime de partilha, é um crime de lesa-pátria que põe em risco a soberania nacional, conforme declararam os integrantes da ocupação no Ministério de Minas e Energia. Isso porque, segundo argumentam, o maior campo petrolífero do pré-sal anunciado até o momento pode ser o maior de todo o mundo.

Descoberto em 2010, o Campo de Libra fica na Bacia de Santos, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, e representa uma área de 1,5 mil quilômetros quadrados dos 149 mil quilômetros quadrados do chamado polígono do pré-sal. Entidades que participam do movimento disseram ter entregue no Palácio do Planalto, em 20 de setembro, um documento assinado por 92 organizações pedindo a suspensão do leilão.

“Os movimentos sociais querem um canal de negociação com o governo federal, a quem pedimos a suspensão do leilão”, disse à Agência Brasil o diretor de Comunicação da Federação Única dos Portuários (FUP), Francisco José de Oliveira. “Alertamos à presidenta da República que o leilão do Campo de Libra representa a entrega do patrimônio nacional e que o povo brasileiro vai ser lesado pela entrega de uma reserva desse tamanho, um patrimônio nacional. Há deputados e senadores que não sabiam do leilão no próximo dia 21”, acrescentou Oliveira.

“A previsão de produção é 15 bilhões de barris de óleo. Abrir isso para a iniciativa privada estrangeira e permitir que os ganhos sejam levados do Brasil exige mais discussão com a sociedade. Não há como entregar tamanha reserva estratégica sem debater isso com os movimentos sociais”, acrescentou Oliveira.

O regime de partilha de exploração e produção de petróleo, gás e outros hidrocarbonetos no pré-sal e em áreas estratégicas foi definido por meio da Lei 12.351, de 2010. O modelo foi adotado, segundo informativo do Tribunal de Contas da União (TCU), com a justificativa de que, nessas áreas, os riscos exploratórios estimados são pequenos.

Pela lei, a Petrobras será a operadora de todos os blocos contratados sob o regime de partilha de produção, sendo-lhe assegurada participação mínima de 30% no consórcio vencedor do leilão. Além disso, a União não assumirá os riscos das atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção decorrentes dos contratos de partilha de produção.

Já o Movimento Nacional dos Pescadores (Monape) aderiu às manifestações pela suspensão do leilão do Campo de Libra por temer que a concessão do direito de exploração do petróleo do pré-sal às empresas estrangeiras prejudique ainda mais a pesca artesanal.

“Se, com a Petrobras, os pescadores já vivem o pão que o diabo amassou, imagine se tivermos que negociar com empresas estrangeiras”, disse Maria José Pacheco, da coordenação do Monape. Ela garantiu que já há, hoje, graves conflitos entre comunidades pesqueiras e a estatal petrolífera brasileira por acidentes ambientais, violações aos direitos de pescadores, falta de investimento nas comunidades afetadas e supressão de importantes áreas de pesca.

Resposta a Jérôme Valcke: não seria a pessoa mais indicada para fazer negócio com o Brasil

Fui acusado pelo secretário geral da FIFA, Jerome Valcke, de “muitas vezes ter ultrapassado todos os limites da decência”. Piada, né?
O cara tem uma reputação suja ao extremo e vem cobrar decência de mim? Eu fiz mais pelo futebol em campo do que esse burocrata jamais poderá fazer atuando rasteiramente em negociatas nos bastidores.
Na minha opinião, ele tenta desviar a atenção do seu próprio erro. No caso do senhor Valcke, dos seus inúmeros erros e, principalmente, da instituição para a qual ele trabalha e representa, que é apontada em vários países como uma das mais corruptas do planeta.
Ao contrário do que ele declarou, não falei nada negativo sobre esse senhor. Em algumas oportunidades, eu apenas revelei o caráter dele baseado em atitudes indecorosas realizadas no decorrer de sua vida profissional. E fiz isso por duas vezes pessoalmente. Uma delas, inclusive, na sede da própria FIFA, na Suíça. Quem me conhece sabe que eu não mando recado pela imprensa. Ele foi o único a manchar a própria biografia.

Meu papel, como legislador, é fiscalizar e, no caso da Copa do Mundo no Brasil, conhecer e expor o perfil da pessoa com quem o nosso país está negociando tanto dinheiro público para a realizaçao do Mundial de Futebol. Afinal, fui eleito por uma parcela do povo brasileiro como representante e, portanto, legitimado para defender os interesses soberanos do meu país.

E, pelos antecedentes, Jerome Valcke não seria a pessoa mais indicada para fazer negócio com o Brasil. Eu não confiaria nele nem se eu precisasse dar R$ 10 do meu bolso para ele comprar pão e leite na padaria da esquina. Por pelo menos dois motivos:

Primeiro: Em 2001, quando ele era executivo de uma empresa francesa de telecomunicações que pretendia comprar a falida ISL – que negociava com a FIFA os contratos de TV e marketing da Copa do Mundo –, auditores do conglomerado para o qual Valcke trabalhava investigaram as contas e, subitamente, desistiram do negócio. Para o jornalista britânico, Andrew Jennings, o grupo de Valcke teria descoberto um esquema de propinas e tentado renegociar os contratos com a FIFA.

Meses depois, Valcke recebeu uma carta de Joseph Blatter reclamando de ameaças à entidade e a alguns “cavalheiros” da FIFA. Diz um trecho da carta: “a posição da FIFA não será alterada de maneira nenhuma por qualquer ameaça ou tentativa de chantagem”. E eu distribuí a cópia dessa carta aos deputados em uma reunião para tratar da Lei Geral da Copa, em 2011.

Em 2003, surpreendentemente, Jerome Valcke foi contratado por Blatter para comandar o marketing da FIFA. Vocês podem imaginar porquê???

Segundo motivo: a obscura ascenção do francês continuou logo que assumiu a nova função. Valcke comandou a inesquecível negociação em que ele traiu a Mastercard, patrocinadora havia 16 anos da FIFA, para entregar a conta para a concorrente Visa. Foi um escândalo internacional. A FIFA foi processada e Valcke foi acusado de mentir para os dois grupos durante o processo de negociação, fato que ele mesmo admitiu no tribunal. Resultado: A FIFA teve um prejuízo de 90 milhões de dólares para remediar a ambição de Jerome Valcke.

De acordo com a sentença, em 2006, a juíza norte-americana Loretta Preska considerou “a conduta da FIFA no cumprimento de sua obrigação e na negociação para o próximo ciclo de patrocínio não se caracterizou de modo algum como fair-play (jogo limpo)”. Para a juíza, Valcke teria beneficiado a Visa desde o começo e as testemunhas da FIFA ouvidas no julgamento denominaram as quebras contratuais como “mentiras inofensivas”, “mentiras comerciais” e “blefes”.

Pois saiba, Jerome Valcke, no Brasil não diferenciamos a mentira. Toda e qualquer forma de mentira é intolerada e “ultrapassa todos os limites da decência”.

O que mais intriga é que depois do caso em que você não honrou um acordo comercial e traiu deliberadamente a Mastercard, o presidente Blatter chegou a anunciar sua demissão mas, de alguma maneira, apenas seis meses depois dessa cagada, você foi readmitido e ainda promovido a secretário-geral da entidade máxima de futebol. Por isso, tenho uma pergunta:

Joseph Blatter tem motivos para temer você?

As autoridades brasileiras não deveriam confiar no senhor em uma mesa de negociação para assinar qualquer acordo referente à Copa do Mundo!

Vejo com desconfiança sua presença no Brasil negociando com o dinheiro do povo brasileiro. Mas tenha certeza de que sempre manterei meu olhar vigilante nas obras da Copa e nos gastos públicos para garantir que os recursos sejam empregados com responsabilidade e não sejam esbanjados ou até desviados.

Doa a quem doer.
Inclusive é bem natural que o Sr. Jerome Valcke não goste de mim, afinal, eu não alugo apartamento para ele, nem ofereço festa para ele depois de eventos da FIFA em São Paulo.

CBF propõe perda de pontos em competição para clube que não quitar dívida

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Atraso no pagamento da dívida ou dos salários de jogadores levaria o clube a ser punido com a perda de três pontos por rodada na competição que estiver disputando.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou nesta terça-feira (15) uma proposta polêmica para solucionar o endividamento dos clubes de futebol, com previsão de punição desportiva para os inadimplentes. O tema foi discutido com deputados e dirigentes esportivos, em audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara.

Em nome das equipes que disputam as séries A e B do Campeonato Brasileiro, a CBF apresentou a sugestão de nova repactuação das dívidas novas e antigas, com pagamento mensal de longo prazo, de acordo com o faturamento dos clubes. A certidão negativa de débitos seria uma das condições de participação do clube nos campeonatos oficiais. Em caso de atraso no pagamento da dívida ou dos salários de jogadores e funcionários, a equipe seria punida com a perda de três pontos na competição.

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Para o deputado Romário (PSB-RJ), essa proposta não tem a mínima viabilidade. “Os senhores acham mesmo, de verdade, que a CBF tem moral, capacidade e coragem de fazer com que Vasco, Flamengo ou Corinthians caiam [de divisão ou percam pontos] porque não pagaram as dívidas? Isso é mentira. Isso não acontece. Isso aqui é utopia, não vai existir. E outra coisa, devedores são mais de 100 [clubes]. Os 100 são a favor disso aqui. Se os 100 não forem, isso aqui não vale”, declarou.

Já o presidente do Coritiba e representante da CBF na audiência pública, Vilson de Andrade, classificou a proposta da CBF de “fair-play financeiro” e afirmou que a punição desportiva tem efeito concreto, já que o dirigente passaria a ser mais rigoroso na gestão das finanças do clube para garantir a participação de sua equipe nas competições e evitar perdas de pontos que impedissem um título ou provocassem o rebaixamento do time.

Endividamento
Oficialmente, a dívida tributária dos clubes chega a R$ 3,5 bilhões, sobretudo com INSS e Receita Federal. Quando incluídos outros passivos trabalhistas, como FGTS, o total sobe para R$ 4,8 bilhões.

Vilson de Andrade disse que, por causa das dívidas, diversos clubes deixarão de funcionar já em 2014. “Nós temos uma dívida muito grande dos clubes e precisamos de uma solução rápida. Com toda sinceridade e sem hipocrisia: em janeiro de 2014, muitos clubes não abrem suas portas. Esta é a realidade do futebol brasileiro, sem vergonha nenhuma de admitir isso”.

O diretor do Departamento de Dívida Ativa da União da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, Paulo Cardoso, lembrou que a maior parte desse débito já havia sido negociada durante o lançamento da loteria Timemania, que teria parte da arrecadação destinada à quitação das dívidas. Ele afirmou, no entanto, que o rombo aumentou em muitos casos. “Temos clubes hoje em que já se efetivaram, inclusive, processos de exclusão pela inadimplência do complemento do Timemania.”

Em relação aos passivos renegociados no âmbito da Timemania, Cardoso informou que estão sendo feito acordos judiciais de recuperação de crédito com vários clubes, levando em conta o atual fluxo de caixa dos times.

Também na audiência, o coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas, Pedro Trengrouse, fez duras críticas ao governo federal por ter induzido os clubes a aderir à Timemania, com o argumento de que a arrecadação da loteria seria de R$ 520 milhões, valor não atingido.

Prazo maior

O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, reforçou a sugestão da CBF, ao afirmar que os clubes querem cumprir com suas obrigações e só pedem um prazo mais alongado de pagamento. “Em condições mínimas de sobrevivência, os clubes de futebol do Brasil vão poder pagar o serviço das dívidas. Para isso, seria necessário que sua dívida fiscal fosse alongada, sem nenhum tipo de perdão, sem nenhum tipo de anistia”, afirmou.

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, afirmou que os clubes não querem caridade. “Queremos estar legais e queremos respeito como instituições.”
O representante da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Eurico Miranda, afirmou que os clubes são vítimas de “espoliação” e pediu à CBF mais transparência. “A CBF tem que vir a público dizer o quanto arrecada e quanto disso repassa aos clubes”.

Desconto

O deputado Vicente Cândido (PT-SP) é autor de um anteprojeto, apelidado de Proforte, que permite aos clubes pagar apenas 10% das dívidas. Os 90% restantes seriam compensados com investimentos desses clubes nas divisões de base do esporte.

Essa sugestão já foi levada ao Ministério do Esporte e, com algumas alterações, poderá ser encaminhada ao Congresso em forma de um projeto do governo. O presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado Valadares Filho (PSB-SE), disse que o colegiado vai criar um grupo de trabalho para consolidar as propostas já apresentadas e buscar consenso sobre o assunto.

Loterias
A audiência pública também discutiu uma proposta do Senado (PLS 301/13) que autoriza a Caixa Econômica Federal (CEF) a destinar um percentual de arrecadação das loterias para os clubes das séries B, C e D do Campeonato Brasileiro.

O gerente nacional de produtos lotéricos da CEF, Edilson Vianna, afirmou que a instituição tinha críticas em relação à proposta original porque retirava os recursos do prêmio (valor bruto) lotérico, que é o principal atrativo para o torcedor. Esse problema já teria sido corrigido no substitutivo, que utiliza como fonte para os clubes o valor líquido das loterias.

Situação crítica
A audiência pública da comissão foi pedida pelos deputados Deley (PTB-RJ) e Francisco Escórcio (PMDB-PA). “Estamos em um momento para lá de crítico e é preciso coragem para enfrentar o desafio”, disse Deley.

Francisco Escórcio e Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) reclamaram, por sua vez, das desigualdades no futebol e da falta de investimento nos clubes das séries B, C e D.

Já o deputado Silvio Costa (PSC-PE) criticou a CBF e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e cobrou dos dirigentes de clube “coragem para romper com a estrutura nojenta” que sustenta as duas entidades. Ele também questionou os critérios adotados pela Caixa Econômica Federal para patrocinar clubes de futebol.

Agência Câmara

“Romário, um vencedor da Copa do Mundo é agora um dissidente da Copa do Mundo”, diz NYT

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Tradução livre de entrevista publicada no jornal The New York Times em 15 de outubro de 2013.

Romário criticou os gastos e planejamentos da Copa do Mundo, e ao mesmo tempo atua como congressista do Rio de Janeiro

BY SAM BORDEN

RIO DE JANEIRO – Ele nunca foi como os outros. Não é o jeito dele. Quando Romário de Souza Faria era apenas um garoto jogando bola nas ruas do Jacarezinho, ele dominou o bairro com a pelada, dia após dia. Quando ele se tornou uma estrela no seu clube e no país, às vezes chegava nos treinos de helicóptero. Quando sua carreira estava no topo e ele se tornou um ícone mundial, ele revelou que se divertia com uma vida social indisciplinada e disse uma vez: “Se eu não sair à noite, não vou pontuar!”.

Agora, como político, Romário está rompendo os padrões novamente. Enquanto outras lendas brasileiras, incluindo Pelé, Ronaldo e Bebeto, elogiam e têm planos para apoiar o Brasil como a Sede da Copa do Mundo no próximo verão, Romário lançou-se como um discordante. Em sua mente, ele é a voz do povo, e o povo – com manifestações em todo Brasil, desde o início deste ano parecem mostrar – é barulhento.

Mas Romário também é. Foi por isso que ele gravou um vídeo no Youtube incentivando os manifestantes que abalaram o país durante a Copa das Confederações este ano. É por isso que ele escreve nas redes sociais onde ele vê corrupção e de quem é a culpa. É por isso que ele continuamente critica os gastos e o planejamento da Copa do Mundo, e ao mesmo tempo atua como congressista do Rio de Janeiro.

Alguns acham que é estranho. Um dos maiores astros do futebol do Brasil é hoje o maior crítico da Copa do Mundo no Brasil? É estranho, com certeza. Mas para Romário, se encaixa.

“Ninguém me pede para calar a boca porque eles sabem que isso jamais acontecerá”, disse ele através de uma intérprete durante uma entrevista recente que aconteceu em seu apartamento na Barra, um bairro do Rio de Janeiro. “Quando eu era jogador, eu era um ídolo. As pessoas me viam como um dos melhores. Eu fui capaz de chegar ao topo. Fui o melhor do mundo em um determinado momento.” Ele encolheu os ombros: “Na política, eu não acho que vou ser o melhor político do mundo. Mas eu sei que não vou ficar quieto, também.”

Romário mira uma ameaça. Ele acredita que a Confederação Brasileira de Futebol, conhecida como a CBF, é uma “desgraça” e diz que seu ex-presidente, Ricardo Teixeira, que renunciou em meio a denúncias de corrupção, é “diretamente uma parte de tudo o que aconteceu de ruim no futebol brasileiro nos últimos 10 anos. “O substituto de Teixeira, José Maria Marin, é “de alguma forma ainda pior”. Um porta-voz da CBF não quis comentar as declarações de Romário.

A FIFA também é responsável por “roubar o povo brasileiro”, disse Romário, acrescentando que acreditava que o presidente da FIFA, Joseph Blatter, tinha pouco interesse em deixar o Brasil em bom estado após a Copa do Mundo. “A FIFA conseguiu o que veio procurar: dinheiro”, disse ele. “Eles não se importam com o transporte que afeta o público depois que os jogos acabarem. Eles não se preocupam com o que vai ser deixado para trás.”

Romário também vê pouca utilidade para seus companheiros brasileiros, que dão uma interpretação positiva sobre o que ele vê como uma oportunidade perdida para ajudar a aliviar inúmeras necessidades sociais de seu país. Ronaldo e Bebeto são membros do Comitê Organizador Local, e Romário riu quando seus ex-companheiros de equipe foram mencionados. Em referência a Ronaldo, que disse uma vez que “sediamos as Copas do Mundo com estádios, não com hospitais,” Romário revirou os olhos. “Ignorante”, disse ele. “Ou Ronaldo e Bebeto não estão cientes do que está acontecendo, ou eles estão fingindo que não estão cientes do que está acontecendo. De qualquer maneira, é ignorante. ”

Inicialmente, as autoridades brasileiras disseram que nenhum dinheiro público seria usado na construção de estádio. Agora, algumas estimativas mostram que 6,4 bilhões de reais de dinheiro público serão gastos na construção de estádios. A conta total para sediar o torneio poderia ser de 30 bilhões de reais, um número que deixa Romário doente.

“Você vê os hospitais sem camas”, disse ele. “Você vê os hospitais com as pessoas no chão. Você vê as escolas que não têm o almoço para as crianças. Você vê escolas sem ar-condicionado, onde as crianças vão para a escola em 45 graus Celsius”. Ele continuou: “Você vê prédios e escolas sem acessibilidade para as pessoas que são portadoras de deficiência. Se você gastar 30% menos nos estádios, eles seriam capazes de melhorar as outras coisas que realmente importam “.

Romário, que tem 1,69cm de altura e tem o apelido de Baixinho, balançou a cabeça antes de verificar uma lista de funcionários do governo e organizações de futebol que ele achou de mau gosto, incluindo FIFA.

“Eles acharam uma maneira de ficarem ricos na Copa do Mundo e roubaram as pessoas como alternativa.” Disse ele. “Esta é a verdadeira vergonha.”

A franqueza de Romário – não surpreende – está longe de ser universalmente apreciada. Aqueles que apóiam Marin e a CBF. chamam de equivocada a franqueza de Romário, e os observadores mais neutros podem achar suas queixas um pouco exageradas.

Juca Kfouri, um autor e professor de São Paulo que tem escrito sobre futebol e política, disse que, embora muitos concordem com as opiniões de Romário, também podem haver dúvidas razoáveis sobre suas intenções.

“Romário tem revelado o mesmo oportunismo político que ele mostrou como um jogador de futebol”, disse Kfouri.

Recentemente, Romário também teve uma briga com sua própria lengenda, o Partido Socialista Brasileiro, o que o levou a renunciar uma posição na Comissão de Turismo e Desporto do Brasil.

Ainda assim, o trabalho de Romário não é incomum para uma celebridade brasileira. Tiririca, um ex-palhaço profissional, foi eleito para um cargo público em 2010, e houve uma série de outros atletas ao longo dos anos. Pelé já foi ministro do Esporte. Bebeto foi eleito para a Assembléia Legislativa. E Sócrates, um meio-campista famoso dos anos 1970 e 80, era parte integrante da oposição contra o governo militar que governou até 1985.

Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasileiro Woodrow Wilson International Center for Scholars, chamou Sócrates de o precursor óbvio.

“Sócrates tornou-se emblemático como grande jogador brasileiro, e usou sua posição para protestar contra a ditadura”, disse Sotero. “Mas Romário é surpreendente em certos aspectos. O pensamento no Brasil sempre foi que ele é um bom jogador de futebol, porque ele não pode fazer qualquer sentido. Mas ele tem feito muito sentido.”

Esse é talvez o aspecto mais curioso da campanha fervorosa de Romário contra a Copa do Mundo. Durante o auge da sua carreira de futebol, teria sido um absurdo prever que o homem que diversas vezes rotulou Pelé como “imbecil” e “retardado mental” se tornaria um político populista obstinado. E que o homem que notoriamente brigavam com os fãs grosseiros um dia iria tornar-se um leal defensor do proletariado.

A perspectiva, tal como era, chegou há oito anos. Foi quando a filha de Romário, Ivy, nasceu com síndrome de Down e, segundo ele, foi despertado para a situação das pessoas com deficiência. Instado a citar o seu momento de maior orgulho, ele não citou a Copa do Mundo de 1994 ou o dia em que ele marcou o seu 1000 º gol de sua carreira quando jogava pelo Vasco da Gama (um total que reconhecidamente se utilizou de uma matemática criativa porque incluía gols marcados na juventude e em jogos amigáveis, que não são contados pela FIFA). Em vez disso, Romário hesitou e inclinou-se para frente. “Um dos meus melhores dias foi nos primeiros seis meses do meu mandato”, disse ele. “Eu fui capaz de aprovar uma lei que foi sancionada pelo presidente que incentivava e ajudava as pessoas com deficiência. A lei impedia as pessoas com deficiência a trabalhar porque elas poderiam perder o subsídio do governo. Agora eles podem trabalhar .”

Ele deu de ombros. “Comparar este fato com fazer um gol importante, não é a mesma coisa”, disse ele. “Com isso, você conquistou alguma coisa. Você realmente fez alguma coisa. ”

Diz-se ainda que o velho Romário não desapareceu. Embora possa concorrer ao governo do Rio de Janeiro no próximo ano e seu cabelo tenha ficado branco nas laterais, o seu vigor político permanece misturado com uma forte dose de vida difícil. Ele ainda vai na praia, em frente ao seu apartamento, sempre que pode joga futevôlei, uma versão de vôlei de praia que proíbe o uso das mãos. Ele ainda lida com colunistas sociais que acompanham seus relacionamentos amorosos (o divórcio teve destaque na mídia, e foi relacionado com uma mulher que competiu no concurso Miss Bumbum, consiste num concurso de beleza onde as mulheres são julgadas pelos seus glúteos). Ele regularmente ainda frequenta boates e festas e tira fotos com muitos fãs, tanto do seu trabalho em campo quanto fora dele.

“Eu costumava dormir mais durante o dia do que à noite”, ele disse. “Agora eu pelo menos durmo um pouco durante a noite. Só um pouco.”

Por fim, Romário não se desculpa – nem pelo seu comportamento e nem pela sua política. Seus eleitores no Rio o conhecem; e sabem quem ele era e quem ele se tornou.

“Primeiro, eu achei que ele iria entrar na mídia ou ganhar dinheiro fácil,” disse Tiago Antonio, um taxista do Rio, “mas parece que está fazendo um bom trabalho.”

Paulo Tadeu, outro taxista, disse que admira as bandeiras de Romário.

“Não há boas escolas, não há bons hospitais – como pode haver uma Copa do Mundo?”, disse.
Isto, com certeza, é o que Romário continua questionando mais e mais. Outras celebridades falaram após os protestos durante a Copa das Confederações deste ano, o que levou a imagens dissonantes de fumaça e gás lacrimogêneo que dominaram a cobertura jornalística do que era para ter sido, supostamente, um evento modelo para o Brasil.

Muitos pediram aos manifestantes para reconsiderar a sua abordagem. Mesmo Pelé a certa altura contou a mídia brasileira, rede Globo, que as pessoas devem “esquecer toda essa comoção.” Contrariando, ele disse que as pessoas devem “se lembrar que a seleção brasileira é do nosso país e nosso sangue.”

Mas Romário não quer que o povo esqueça. Ele quer que eles se levantem e marchem e cantem e gritem. Ele quer que o povo faça muito barulho. Ele quer que eles manifestem de acordo com o que acreditam – se é governo transparente ou transporte público mais barato – mesmo que isso deixe a Copa do Mundo no Brasil com um legado que é menos corrupto.

Será que os protestos voltar no próximo verão? Romário sorriu, arregalando os olhos.

“Eu não só acho que eles vão voltar, como acho que eles deveriam retornar”, disse ele. “Haverá uma Copa do Mundo aqui no próximo ano, nós sabemos disso. Mas isso, estas manifestações, é a maneira de fazer os políticos acordarem “.

Ele se inclinou para trás e riu. “Esta é a maneira que você pode fazer as pessoas pensarem se vão roubá-los novamente amanhã.”

Tradução: Nathália Alvarenga

Sobre o Dia dos Professores e o plano de cargos e salários

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Já disse algumas vezes e vou repetir aqui, tenho enorme admiração pelos profissionais da educação. Pessoas que dedicam suas vidas a ensinar outras, substituindo – muitas vezes – a educação que falta em casa. Que missão! Porém, nas últimas semanas, assistimos uma das cenas mais lamentáveis deste ano: professores apanhando nas ruas por reivindicar melhores salários. Neste ano, o Dia dos Professores não será celebrado como deveria.

Algumas pessoas vieram me questionar porque eu não tomei uma atitude em relação ao Plano de Cargos e Salários aprovado na Câmara. Vamos lá: a Câmara de Vereadores é um poder independente que está para votar projetos da cidade e fiscalizar a prefeitura. O poder de decisão está nas mãos destes dois poderes, prefeitura e Câmara.

O projeto foi enviado pelo Executivo, que não ouviu os professores. Erro do prefeito. Foi enviado para análise dos vereadores, local que seria ideal para o debate com os representantes da classe. Mais uma vez, os professores não foram ouvidos. Erro dos vereadores. E o plano foi aprovado. Na prática, eles estão legislando para quem, se não ouvem a população?

Vamos seguir. Dias depois, um grupo de vereadores impetrou uma ação na justiça pedindo o cancelamento da sessão. A juíza Roseli Nalin atendeu ao pedido. No despacho, ela afirmou: “Embora a regra do jogo democrático sugira que a vontade da maioria deva prevalecer, o exercício desse poder legítimo não pode ser realizado sem o respeito ao devido processo legislativo e aos direitos fundamentais da minoria em exigir que a deliberação seja realizada de forma a proporcionar o livre debate, inclusive com a possibilidade de manifestações ordeiras e em consonâncias com as regras do direito”.

A conclusão de tudo isso é a seguinte. As pessoas que devem ser cobradas são: vereadores e prefeito. De minha parte, tudo que for votado no Congresso Nacional sobre educação, eu estarei ao lado dos professores. Mais do que nunca, é hora da população ficar alerta e saber como cada detentor de cargo público votou nesta sessão, porque daqui a três anos, haverá eleição para prefeito e vereadores. Nesta hora, a população terá chance de fazer uma verdadeira revolução.

Finalizo esta mensagem desejando melhores salários e condições de trabalho para nossos mestres!

Deputado Federal Romário

Câmara vai debater direito de atletas e calendário do futebol nacional próximo dia 21

Soccer Player Dribbling Between Defenders

Por iniciativa do deputado federal Romário (PSB-RJ), a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados vai debater, no próximo dia 21, o calendário do futebol nacional de 2014, apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Atletas, representantes da CBF, da TV Globo e do Ministério do Trabalho foram convidados para a audiência, que será às 14h30.

Além do calendário, outros assuntos que devem entrar na pauta são: férias, período de pré-temporada, fair play financeiro, garantias trabalhistas e participação dos atletas nos conselhos técnicos das entidades de administração desportiva que regem a atividade. Os pontos foram apresentados pelo grupo Bom Senso FC, que reúne jogadores profissionais.

Para Romário, o tema deve ser discutido em um ambiente democrático, onde os torcedores também possam acompanhar a discussão. “O ambiente propício para esta troca de ideias, que visa melhorar o esporte mais amado pelo brasileiro, é a Câmara dos Deputados. Mas não só por isso, temos que lembrar que o calendário proposto fere leis trabalhistas”, declarou. Na última segunda-feira, uma comissão de atletas apresentou um dossiê ao presidente da CBF, José Maria Marín. Ele ainda não se pronunciou sobre os pontos levantados.

Para a reunião do dia 21, foram convidados o Diretor de Competições da CBF, Virgílio Elísio; o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Torcedores, Toninho Nascimento; o presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, Alfredo Sampaio; a Consultora Jurídica do Ministério do Trabalho e Emprego, Cacilda Lanuza da Rocha Duque; e os atletas: Paulo André Benini e Alexandre Rodrigues da Silva (Corinthians), José Roberto da Silva Júnior (Grêmio), Alex de Souza (Coritiba), Rogério Ceni (São Paulo) e Diego Cavalieri (Fluminense). Um representante da TV Globo também será convidado.

Ao lado de Eduardo Campos, Romário assume o PSB no Rio de Janeiro

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Em ato com o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, Romário assumiu oficialmente nesta quinta-feira (3) o comando do PSB no Rio de Janeiro. No evento, Eduardo Campos afirmou que o rompimento com o governo de Sérgio Cabral foi uma decisão da nova direção do partido e minimizou a saída de alguns nomes da legenda. “O PSB está crescendo em conteúdo, sinergia com a sociedade e em quadros. Não há crescimento sem dor”, disse.

O presidenciável explicou que a retirada de apoio ao governo local foi uma decisão da nova direção do PSB estadual e não um direcionamento nacional. “Dentro do partido já havia um debate, e quando Romário foi convocado, ele mesmo indicou a necessidade de se tratar desta questão. Ele e outros gostariam de ver o partido numa posição de independência, fora do governo estadual. Para discutir as alternativas para 2014”, afirmou.

Para Campos, o país vive uma crise política e ela é mais aguda no Rio de Janeiro. “O estado vive uma crise política. E nos vamos ajudar a procurar caminhos para a boa política no campo progressista”.

O vice-presidente nacional do partido, Roberto Amaral, arrancou aplausos dos presentes quando apontou alguns dos escândalos recentes envolvendo o nome do governador Sérgio Cabral. “O Rio de Janeiro está sendo governado entre uma boate do Rio e uma de Paris, entre brincadeirinhas de guardanapos em restaurantes de luxo, de helicópteros transportando lolos e lulus, enquanto não se reajusta o salario dos professores”, afirmou.

Romário, por sua vez, deu o tom da nova direção da legenda. “Passamos por problemas que foram superados. Vamos mudar a cara do partido a partir deste momento. Não será fácil, temos que trabalhar bastante. Na política não se assina papel, se dá a palavra e aperta mão. E vamos fazer isso, cumprir o que foi combinado”.

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Coligações em 2014 – Um boato sobre uma possível aliança do PSB com o ex-governador Anthony Garotinho foi a justificativa dada para a desfiliação de membros da juventude socialista no Rio, Romário negou. “Isso não é a realidade. Não saiu de nenhum de nós essa possibilidade de aliança. Quem está se desfiliando vai apresentar um motivo para isso. Desejo boa sorte aos que saíram. Para mim, vale os que ficaram e que os que estão entrando”, arrematou.

Campos, que pode ser candidato a presidência em 2014, não anunciou nenhuma possível aliança para o próximo ano, mas também não descartou dividir palanque com legendas que apoiem outras forças nacionalmente. “Por tudo que o Rio representa para o Brasil, não podemos ser egoístas na hora de formar palanque, nós temos que formar é um caminho para o Rio sair dessa situação. Nenhum partido isoladamente vai construir um caminho para o Rio de Janeiro. Se neste caminho pudermos encontrar tantos outros que vão estar compartilhando outros palanques nacionais, da nossa parte não haverá problema”, afirmou.

A nova composição regional do PSB do Rio de Janeiro ficou a seguinte:

Presidente – Deputado Federal Romário Faria
Vice-presidente – Deputado federal Glauber Braga
Segundo vice-presidente – José Gomes Temporão
Secretário-Geral – Rubens Bontempo
1º Secretário – Joilson Cardoso
Tesoureiro – Luiz Carlos
Secretário de Organização – Igor Alencar